23 de mai. de 2015

O que é consciência?

O que é consciência?

"Então quem é aquele que vivência a experiência? Somos nós. E quem somos nós? 
Consciência. E o que é consciência? Essa pergunta não pode ser respondida. No momento em que a respondermos, vamos falsificá-la, transformá-la em outro objeto. A consciência, termo tradicional para aquilo que é espírito, não pode ser conhecida no sentido comum dessa palavra, e tentar persegui-la é bobagem. Todo conhecimento se encontra no âmbito da dualidade - sujeito e objeto, o conhecedor e o conhecido. O sujeito, o eu, o conhecedor sem o qual nada seria conhecido, percebido, pensado ou sentido, deve permanecer para sempre incognoscível. Isso porque o eu não tem forma. Apenas as formas podem ser conhecidas. E, ainda assim, sem a dimensão sem forma, o mundo das formas não poderia existir. Esse é o espaço iluminado no qual o mundo surge e desaparece. Ele é a vida que Eu Sou. É eterno. Eu Sou eterno, perpétuo. O que acontece nesse espaço é relativo e temporário: prazer e dor, ganho e perda, nascimento e morte." Eckhart Tolle, O Despertar De Uma Nova Consciência.


2 comentários:

  1. «Os filósofos investigaram [...] em que sentidos se pode falar de uma voz da consciência e, sobretudo, qual é [...] a origem de tal “voz”. [...]
    São Tomás [de Aquino] fala da consciência moral como um “espírito que corrige e orienta a alma”, espírito que indica se um acto é justo ou não. [...]
    Filósofos modernos, como os empiristas ingleses [...] referiram-se à consciência moral como uma sanção correctora dos nossos actos (ou como a ideia antecipada de tal sanção). A partir de Wolff e Kant a consciência moral foi interpretada, cada vez mais, como uma faculdade que julga a moralidade das nossas acções.[...]
    Vários autores [...] tenderam a identificar a consciência moral com o sentimento moral [...]. Mais recentemente a concepção da consciência moral seguiu fielmente as linhas gerais das correspondentes doutrinas éticas: [...] Os intuicionistas éticos basearam-na na chamada intuição moral; os utilitaristas definiram-na em função do bem-estar da maioria, etc. [...] Scheler considerou que a noção filosófica de consciência moral é um eco deixado pela crença religiosa [...].
    Quanto às origens da consciência moral [...] encontramos as seguintes concepções:
    1) A consciência moral pode ser concebida como inata. Neste caso, supõe-se que pelo mero facto de se existir, todos os homens possuem uma consciência moral [...].
    2) A consciência moral pode ser concebida como adquirida. Pode considerar-se que se adquire pela educação a partir de potencialidades morais inscritas no homem [...] ou pode suportar-se que se adquire no decurso da história, da evolução natural, das relações sociais, etc. Uma consequência desta teoria é [...]a de que o seu conteúdo depende por sua vez do conteúdo natural, histórico, social, etc.
    3) A origem da consciência moral pode ser atribuída a uma entidade divina [...].Supõe-se em tal caso que Deus depositou no homem a “centelha da consciência”, por meio da qual se descobre se um acto é justo ou injusto.»
    4) A origem da consciência pode atribuir-se a uma fonte humana. Por sua vez, esta fonte humana pode ser concebida ou como natural, ou como histórica, ou como social [...].
    Também se pode considerar que essa fonte é individual ou social.
    5) O fundo do qual procede a consciência moral pode ser racional ou irracional. Estas duas posições combinam-se com qualquer uma das anteriores, dependendo da ideia que se tiver da estrutura racional ou irracional das respectivas fontes.»

    Mora, J. F., Diccionario de Filosofia I, Buenos Aires, Ed. Sudamericana, 1969, pp. 326-327

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  2. Então consciência é......continua em silêncio!!!

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