"A mulher deveria ter a permissão de ser quem ela é. Não precisa ser uma cópia do homem, não tem de pensar como o homem.
Ela tem de pensar por si mesma, tem de ser ela mesma, e isso dará ao mundo uma polaridade mais ampla.
Quanto mais distantes estejam as individualidades do homem e da mulher, mais profunda será a atração entre eles. Eles deveriam ser estranhos um para o outro – só assim podem se apaixonar um pelo outro. Eles deveriam permanecer misteriosos um para o outro. Só então o amor deles poderia ser uma alegria, uma descoberta constante.
Mas a mulher tem sido massacrada. Seus mistérios têm sido massacrados. Ela tem sido usada somente como uma fábrica de produção – sem receber os direitos humanos básicos. E isso tem deixado o mundo chato, feio.
O homem tem dominado essa relação a tal ponto que a história toda está repleta de guerras. Se a mulher tivesse igualdade de oportunidades de crescimento, o mundo não teria visto tantas guerras. Porque, em todas as guerras, são os homens que morrem, mas as mulheres que sofrem.
Ser morto é fácil. Muito mais difícil é sofrer. A mãe sofre por seus filhos que são mortos. A esposa sofre quando seus entes queridos são mortos. As irmãs sofrem quando seus irmãos são mortos. E a agonia delas vai durar pelo resto de duas vidas. Para aqueles que são mortos, é algo muito pequeno. Acontece dentro de segundos – e você morreu. Mas a mulher tem sofrido há séculos.
Nenhuma mulher quer a guerra, porque ela é sempre a principal vítima, e não o homem. É o homem quem cria a guerra, é o homem quem luta na guerra, mas é a mulher quem sofre.
A mulher é metade do mundo – se essa metade do mundo tivesse a permissão de se expressar, a história teria sido diferente. Teria sido mais pacífica, mais amorosa, mais sensível, mais harmoniosa. Ainda há tempo para permitir que a mulher seja simplesmente quem ela é, pura, não influenciada pelo homem. E teremos um mundo e uma humanidade melhores.
Não é triste o fato de que as mulheres pensem de maneira diferente. É imensamente significativo e algo que deve ser profundamente comemorado. Mas a mulher precisa de sua liberdade completa. O mundo vive dominado pelo homem já há muito tempo. Já está na hora da mulher ter sua participação em tudo o que está acontecendo. Ela tem de contribuir com sua parte, que será diferente da parte do homem.
E criará um todo mais harmonioso do que fomos capazes de criar até agora. Tem sido um semicírculo. É preciso que se faça um círculo inteiro. A vida tem de ser total – o homem e a mulher juntos, contribuindo com as qualidades inatas de cada um: seus potenciais distintos, suas linguagens diferentes, suas maneiras diversas de pensar, ver e ser."
(Osho)
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