16 de set. de 2014

Cientistas descobrem como fecundar óvulo sem participação de espermatozoide


Cientistas australianos divulgaram terem descoberto uma maneira de fecundar óvulos utilizando material genético extraído de qualquer célula do corpo humano, sem a participação de espermatozoides. A técnica pode ser utilizada para ajudar casais com problemas de fertilidade e lésbicas.

A técnica foi desenvolvida pela doutora Orly Lacham-Kaplan, da Universidade de Monash, da cidade de Melbourne. A doutora Orly disse que sua equipe conseguiu fertilizar óvulos de rato em laboratório utilizando outras células do corpo do animal, as chamadas células somáticas. Ate então os cientistas não sabiam como combinar as células somáticas, que possuem dois cromossomos, com células dos espermatozoides, possui apenas um cromossomo. A equipe de cientistas utilizou componentes químicos para que isso fosse possível. Os cientistas imitaram o processo natural de fecundação, que divide os dois conjuntos de cromossomos existentes num óvulo, eliminando um deles e liberando o remanescente para combinar com o conjunto único que é trazido pelo espermatozoide.

A equipe da doutora Orly só terá certeza do sucesso quando os óvulos fecundados forem transferidos para o útero das fêmeas para a gestação. “Temos que aguardar pelo menos seis meses para ver se os embriões vão sobreviver e se os bebês nascerão saudáveis”, disse a doutora Orly Lacham-Kaplan.

Leia também: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/cientistas-criam-espermatozoide-partir-de-celula-feminina-3635095

A doutora Orly acrescentou ainda que: “Teoricamente podemos usar as células somáticas de uma mulher para produzir o embrião. Portanto, esta técnica pode ajudar duas mulheres a terem seu próprio filho biológico”. Já que, as mulheres não possuem os cromossomos necessários para a gestação de um menino. A cientista disse que começou a estudar o assunto para ajudar os homens que não podiam gerar bebês porque não possuíam esperma ou células com potencial de serem transformadas em esperma.

Robert Winston, especialista em fertilidade, disse que a nova técnica é realmente revolucionaria e com grande potencial: “A maravilha desta técnica é tornar a clonagem totalmente desnecessária. É uma técnica muito melhor e eticamente muito mais aceitável porque são utilizados cromossomos dos dois parceiros”, disse. Ele acrescentou que com a técnica a mulher pode vim a gerar um filho com seus próprios cromossomos, mas ele alertou para o fato de que com isso pode aumentar a possibilidade de nascerem crianças com defeitos genéticos.

 Fonte: BBC Brasil

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