Maurício Penedo - Diario de Pernambuco
Lange, de 59 anos, tinha cinco filhos e viajava com a esposa. Ele se dirigia à conferência mundial sobre a Aids que começa neste fim de semana em Melbourne, Austrália. Foto: Jean Ayussi/AFP Photo/Arquivo
A queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, que teria sido abatido por um míssil em pleno ar, consternou o mundo. O número de mortos - 298 segundo balanço divulgado pela companhia - chocou o planeta. Ademais, morreu também uma parte significativa da história da pesquisa e dos avanços na busca pela cura da aids.
Cerca de 100 cientistas e ativistas da área que estavam a caminho da Conferência Internacional sobre a Aids, prevista para começar neste domingo (20), na Austrália, foram vítimas do incidente. Entre os mortos, um dos maiores especialistas no combate à doença que já exterminou mais de 30 milhões de pessoas: O holandês Joep Lange, de 60 anos. Foram três décadas de trabalho dedicado ao combate à doença.
De acordo com entrevista dada ao jornal australiano "The Age", Trevor Stratton, consultor sobre a aids, salientou que "a cura da aids poderia estar a bordo daquele avião, simplesmente não sabemos". Seema Yasmin, doutora e médica do Centro Norte Americano de Combate à Aids, que trabalhava em conjunto com o especialista holandês, escreveu em rede social: "Joep Lange era um verdadeiro humanitário, o combate à AIDS/HIV perdeu um verdadeiro gigante".
O voo MH17, da Malaysia Airlines, caiu nessa quinta-feira (18) quando sobrevoava o território da Ucrânia. O avião tinha saído de Amsterdã para Kuala Lumpur, na Malásia. Não foram encontrados sobreviventes.
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