Presos filmam e celebram decapitações em presídio no MA
Vídeo divulgado por jornal mostra cenas de horror em Pedrinhas. Detentos exibem como troféu as cabeças dos companheiros mortos
Presos filmam decapitados em penitenciária no Maranhão
Presos filmam decapitados em penitenciária no Maranhão (Reprodução)
Novas imagens reforçam o retrato da barbárie no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão. Vídeo divulgado nesta terça-feira pelo jornal Folha de São Paulo mostra três detentos sendo decapitados. Em 2 minutos e 32 segundos, a gravação chocante traz cenas de puro terror: corpos estendidos no pátio de uma ala no complexo são atacados em meio a poças de sangue que se acumulam no chão. Os demais detentos andam por entre os corpos, espalham o sangue e se vangloriam da ação enquanto arrancam as cabeças dos presidiários mortos.
O vídeo foi enviado pelo Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Maranhão ao jornal. Gravado em 17 de dezembro, ele é mais uma mostra do caos que toma conta de Pedrinhas. As cenas de barbárie medieval no presídio a que o Brasil já assistiu incluem ainda detentos esfolados vivos e cadáveres empilhados após brigas de facções criminosas. Desde janeiro de 2013, 62 presos foram assassinados.
Os corpos que aparecem na gravação revelada nesta terça são de Diego Michael Mendes Coelho, de 21 anos, Manoel Laércio Santos Ribeiro, 46 anos, e Irismar Pereira, de 34 anos. As imagens indicam que os detentos foram torturados antes das decapitações. Marcas de cortes feitos com facas e estiletes se espalham por pernas, costas e braços. Em determinado momento, as cabeças dos três presos, já separadas dos corpos, são exibidas pelos companheiros como troféus. Os presos que filmam toda a barbárie tomam o cuidado de não se identificarem nas imagens, mostrando apenas os pés ou mãos no vídeo.
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Procurado, o governo do Maranhão não quis comentar o vídeo. A governadora do Estado, Roseana Sarney, divulgou um vídeo na noite desta segunda-feira lamentando a morte da menina Ana Clara Sousa, de 6 anos, que morreu depois de ter 95% do corpo queimado em um ataque a ônibus na noite da sexta-feira, dia 3 de janeiro.
Armas – A Tropa de Choque da Polícia Militar, que faz intervenção em Pedrinhas desde 31 de dezembro, desarticulou um plano de rebelião. Na ocasião foram apreendidos trinta celulares e 200 armas artesanais.
Transferências - O governo do Maranhão aceitou nesta segunda-feira a oferta do Ministério da Justiça de transferir presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas para presídios federais. A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, em entrevista à rádio Nacional da Amazônia. A proposta, feita nesse domingo, tem como objetivo isolar os líderes das facções criminosas, que atuam na penitenciária. Eles são acusados pela polícia de ordenarem os ataques a ônibus e delegacias, em São Luís, em represália à presença da Tropa de Choque da Polícia Militar no presídio.
Superlotação - A penitenciária tem 1.700 vagas, mas abriga atualmente 2.500 presos. Três facções mandam no local: Primeiro Comando do Maranhão, Anjos da Morte e Bonde dos 40. Esta última, a facção mais violenta, apontada como responsável pelas decapitações e escalpelamentos.
VÍDEO:
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http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/maranhao-presos-filmam-detentos-decapitados-no-presidio-de-pedrinhas
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