Posted by Liberte Sua Mente on quarta-feira, 15 Janeiro, 2014
O SÍMBOLO EXPRESSO NA FIGURA DE BAPHOMET
Eliphas Lévi nos diz que o aspecto ”sinistro” do qual a figura de Baphomet tem uma conotação satânica, foi deturpado pelos iniciados inferiores e profanadores do grande arcano, onde adoravam, adoram ainda e sempre adorarão o que é significado por esse pavoroso símbolo. Daí, onde nos traz hoje em dia, entre os cristãos ortodoxos e protestantes o temor de tal ser como representação do Diabo. Porém Von Hammer, nos diz que a história tal como foi inventada pelo clero, é falsa.
Porém, em sentido esotérico se diz muito mais do que apenas uma figura. Na Índia e Egito o touro, o cão e o bode são os três animais simbólicos da magia hermética, onde o primeiro representa a terra ou o sal dos filósofos, o segundo, o cão é Hermanubis, o mercúrio dos sábios, o fluido, o ar e a água; e o terceiro, o bode representa o fogo e é, ao mesmo tempo, o símbolo da geração.
Blavatsky nos diz que o fogo, o Âkâsha puro, a primeira Matéria do Magnum Opus dos Criadores e Construtores, aquela Luz Astral que o paradoxal Eliphas Lévi ora chama “Corpo do Espírito Santo”, ora “Baphomet”, o Bode Andrógino de Mendés.
O bode representado tem na fronte o signo do pentagrama com a ponta para cima, o que basta para fazer dele um símbolo de luz; faz com as duas mãos o sinal do ocultismo e mostra no alto a lua branca de Chesed e embaixo a lua negra de Geburah. Este signo expressa o perfeito acordo da misericórdia com a justiça. Um de seus braços é feminino e o outro masculino, como no andrógino de Khunrath, cujos atributos precisamos somar aos deste bode, visto que se trata de um único e mesmo símbolo. A tocha da inteligência, que resplandece em seus cornos, é a luz mágica do equilíbrio universal; é também a figura da alma elevada acima da matéria, embora presa á própria matéria como a chama está presa á tocha. A repulsiva cabeça do animal expreime o horror ao pecado, do qual só o agente material, único responsável, é aquele que deve sempre suportar a pena, porque a alma é impassível em sua natureza e só sofre quando se materializa. O caduceu tem em lugar dos órgãos da geração representa a vida eterna; o ventre, coberto de escamas, é a água; o círculo, que está em cima, é a atmosfera; as penas, a seguir, são o emblema do volátil. A humanidade é representada pelos dois seios e os braços andróginos desta esfinge das ciências ocultas.
Assim, Jacques de Molay, Grão-Mestre dos templários, e todos seus irmãos maçons, foram acusados de adorar Baphomet e morreram devido a isso. Em seu sentido esotérico e filologicamente, tal palavra nunca significou “bode” nem qualquer outra coisa tão objetiva como ídolo como bem explícitos acima. Segundo, Von Hammer, o termo significa “batismo” ou iniciação na sabedoria, das palavras gregas Bafe e metis e da relação de Baphometus com Pã.
A relação de Pã com o bode de Mendes, representa, como um talismã de grande potência oculta, a força criadora da Natureza. Assim, Baphomet era inegavelmente um talismã cabalístico, baseando-se na filosofia hermética nos segredos ocultos da Natureza. Portanto, o nome de Pã era de grande virtude mágica naquilo que Eliphas chamava de “Conjuração dos Elementais”.
O terrível Bafomé, não é mais, como todos os ídolos monstruosos, enigma da ciência antiga e de seus sonhos, mas sim um hieróglifo inocente e mesmo piedoso. Assim, estão dissipadas as trevas do santuário infernal.
Muitos inverteram tal imagem, como nos mistérios do sabá, que foram narrados de variadas maneiras, mas figuram sempre nos grimórios e nos processos de magia. Todas as revelações que foram feitas a esse respeito podem ser divididas em três partes: a) as que se referem a um sabá fantástico e imaginário. B) as que traem os segredos das assembléias ocultas dos verdadeiros Adeptos. C) as revelações das assembléias loucas e criminosas, tendo por meta as práticas da magia negra.
Muitos infelizmente, se entregaram a essas práticas insanas e abomináveis, onde o sabá nada era mais do que um extenso pesadelo no qual sonhos pareciam realidades onde as beberagens, fricções e drogas narcóticas misturadas com sangue de certas aves noturnas.
Por outro lado, o sabá, não foi sempre um sonho e existiu realmente. Ainda existem assembléias secretas e noturnas onde eram praticados ou são praticados os ritos do antigo mundo; entre estas assembléias, umas têm caráter religioso e um fim social, outras não passam de conjurações e orgias.
Quanto ao termo sabá, houve quem pretendeu encontrar sua origem em Sabasius. Outros imaginaram outras etimologias. A mais simples, é a que faz proceder a palavra sabá do sábado judaico, visto que é certo que os judeus, os depositários mais fiéis da cabala. Foram quase sempre em magia, os grandes mestres da Idade Média.
O sábado era, pois, o domingo dos cabalistas, o dia de sua festa religiosa, ou melhor, a noite de sua assembléia regular. Por outro lado, o sabá diabólico dos necromantes, era uma falsificação daqueles magos; tratava-se de uma assembléia de malfeitores que explorava os idiotas e os loucos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BLAVATSKY, H. P. O Glossário Teosófico, Editora Ground, São Paulo.
A Doutrina Secreta, Ed. Pensamento, São Paulo
https://www.facebook.com/heitor.costadacruz
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, será muito legal...meu muito obrigado!! Volte Sempre!!!