Chomsky e as dez estratégias para a manipulação da opinião pública
Noam Chomsky (foto) define 10 maneiras de como a mídia manipula informações para guiar a opinião pública de acordo com seus interessesMustafá Ali Kanso, no Hypescience
Na esteira do tema da semana passada abordado no artigo “Manipulação da opinião pública através da mídia – segundo Chomsky“ , recebi de um querido leitor o link de um documento (que anda rodando na internet) onde são denunciadas dez estratégias utilizadas pelos “donos do poder” para efetuar a manipulação e o controle da opinião pública.
Por achar o texto interessante, segui os links até um site francês, e fiz aqui um resumo do texto que passou pelo viés da minha compreensão. Muitas publicações atribuem o texto a Chomsky.
Por tratar-se de um tema polêmico, considero aberta a discussão, tanto sobre a validade do exposto quanto de sua pretensa autoria. Afinal esse texto seria realmente de Chomsky?
Não o creio.
No entanto convido o leitor a participar da pesquisa e não confiar simplesmente na compreensão desse articulista (ou do que rola pela internet) e conferir nos livros de Chomsky. Sugiro alguns.
- O Controle da Mídia (Graphia, 2002) .
- Para Entender o Poder – O Melhor de Noam Chomsky (Bertrand Brasil, 2005).
- Rumo a uma nova Guerra Fria (Record, 2007).
- Contendo a democracia (Record, 2003).
- O lucro ou as pessoas? (Bertrand Brasil, 2002).
- Uma nova geração define o limite (Record, 2003).
Mas vamos ao resumo:
AS DEZ ESTRATÉGIAS PARA A MANIPULAÇÃO E O CONTROLE DA OPINIÃO PÚBLICA
1 – DISTRAÇÃO
Um dos principais componentes do controle da opinião pública é a estratégia da distração fundamentada em duas frentes:
Primeiro, desviar a atenção do público daquilo que é realmente importante oferecendo uma avalanche de informações secundárias e inócuas, que como uma cortina de fumaça esconde os reais focos de incêndio.
Em segundo, distrair o público dos temas significativos e impactantes tanto na área da economia quanto da ciência e tecnologia (tais como psicologia, neurobiologia, cibernética, entre outras).
Quando mais distraído estiver o público menos tempo ele terá para aprender sobre a vida e/ou para pensar.
2 – MÉTODO PROBLEMA-REAÇÃO-SOLUÇÃO.
Cria-se um problema ou uma situação de emergência (ou aproveita-se de uma situação já criada) cuja abordagem dada pela mídia visa despertar uma determinada reação da opinião pública.
Tal reação demanda a adoção de medidas imediatas para a solução da crise.
Usualmente tais medidas já estão praticamente prontas e são aplicadas antes que a população se dê conta de que essa sempre fora a meta primordial.
Por exemplo:
Valer-se de atentados terroristas para sequestrar da população seus direitos civis. (Depois de 11 de setembro qualquer cidadão em solo norte-americano pode ser “detido para averiguações” fora ou dentro de sua residência, sem direito a advogado, ou defesa, exatamente como o que ocorria no Brasil durante a ditadura militar – basta que se acione a tal lei da Segurança Nacional).
Valer-se do crescimento da violência urbana para aprovar leis de desarmamento completo da população civil.
Valer-se de crises econômicas para fazer retroceder os avanços conquistados nas leis trabalhistas e promover o desmantelamento dos serviços públicos de assistência aos mais pobres.
3 – GRADAÇÃO
É uma estratégia de aplicação de medidas impopulares de forma gradativa e quase imperceptível.
Por exemplo, entre 1980 e 1990 foram aplicadas medidas governamentais que desembocaram no perfil de estado mínimo, privatizações dos serviços públicos, precariedade da ação do estado (principalmente na segurança, saúde e educação), flexibilidade das leis trabalhistas, desemprego em massa, achatamento salarial, etc.
4 – SACRIFÍCIO FUTURO
Apresentar com muita antecedência uma medida impopular que será adotada no futuro sempre de forma condicional, porém com contornos nefastos.
Primeiro para dar tempo para que o público se acostume com a ideia e depois aceitá-la com resignação quando o momento de sua aplicação chegar.
É mais fácil aceitar um sacrifício no futuro do que um sacrifício imediato tendo-se em conta que existe sempre uma esperança, mesmo que tênue, de que o sacrifício exigido poderá ser evitado ou que os danos poderão ser minimizados.
Por exemplo:
Antes da aplicação de um aumento de 10% na tarifa de energia elétrica:
Se o clima não mudar teremos aumento de 25% no preço da tarifa de energia.
Na aplicação do aumento da tarifa:
Devido a um esforço coletivo do governo federal e estadual o aumento acabou se concretizando em apenas 10%.
5 – DISCURSO PARA CRIANÇAS
Emprego de um discurso infantilizado, valendo-se de argumentos, personagens, linguagens, estratégias, etc. como que dirigido a um público formado exclusivamente por crianças ou por pessoas muito ingênuas.
Quando um adulto é tratado de forma afetuosa como se ele ainda fosse criança observa-se uma tendência de uma resposta igualmente infantil.
6 – SENTIMENTALISMO E TEMOR
Apelar para o emocional de forma ou sentimentalista ou atemorizante com intuito de promover um atraso tanto na resposta racional quanto do uso do senso crítico. Geralmente tal estratégia é aplicada de forma combinada com a número 4 e/ou número 5.
A utilização do registro emocional permite o acesso ao inconsciente e promove um aumento da suscetibilidade ao enxerto de ideias, desejos, medos e temores, compulsões, etc. e à indução de novos comportamentos.
Exemplo:
Para prevenirmos a ação de terroristas todos os passageiros serão submetidos a uma rigorosa revista antes de embarcar. Colaborem!
7 – VALORIZAR A IGNORÂNCIA E A MEDIOCRIDADE
Manter em alta a popularidade de pessoas medíocres e ignorantes aumentando sua visibilidade na mídia, para que o estúpido, o vulgar e o inculto seja o exemplo a ser seguido principalmente pelos mais jovens.
8- DESPRESTIGIAR A INTELIGÊNCIA
Apresentar o cientista como vilão e o intelectual como pedante ao mesmo tempo em que populariza a caricatura do “nerd” ou “CDF” como pessoas ineptas do ponto de vista social e um exemplo a não ser seguido pelos mais jovens — estimulando, por um lado, a negação da ciência e, por outro, o desprestígio do uso da racionalidade e do senso crítico.
Geralmente tal realidade se coaduna com a oferta de uma educação de menor qualidade para a população mais pobre – que não se queixa disso por que é moda ser ignorante.
9- INCENTIVAR E INCUTIR A CULPA
Incutir, incentivar e reforçar a culpa do indivíduo quando do seu fracasso, dividindo assim a sociedade em duas categorias: a de vencedores e a de perdedores.
O “perdedor” (ou loser em inglês) é o indivíduo que não possui habilidades ou competências para alcançar o sucesso que o outro tem.
Daí a grande visibilidade que a mídia oferece a modelos minoritários de beleza e sucesso.
Recordando que apenas alguns poucos seres humanos podem ser enquadrados nesse modelo tão rigoroso que categoriza, discrimina e impõe o que é belo, jovem, célebre e bem sucedido.
O restante da humanidade deve se conformar com sua condição de perdedor e carregar com resignação esse seu status.
Ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo resigna-se e conforma-se com sua situação pessoal, social e econômica, atribuindo seu “fracasso” à sua completa incompetência. Culpar-se constantemente por isso, atua na formação de um desejado estado depressivo, do qual, origina-se a apatia.
10- MONITORAÇÃO
Por meio do uso de técnicas de pesquisa de opinião, mineração de dados em redes sociais e também dos avanços nas áreas de psicologia e neurobiologia, os donos do poder tem conseguido conhecer melhor o comportamento do indivíduo comum muito mais do que ele mesmo.
A monitoração deste comportamento além de alimentar os dados que aperfeiçoam seu modelo psicossocial, oferecem informações que facilitam o controle e a manipulação da opinião pública.
Aí está.
Mesmo me desculpando por esta síntese, aqui fundamentada numa tradução livre e um tanto apressada de um site em francês eu fico tranquilo com meus ensimesmados botões, por que sei que posso sempre contar com a ajuda e a compreensão do leitor, seja para a correção de qualquer heterogêneo, seja para acirrar a polêmica que sempre é bem-vinda e benéfica para o crescimento humano.
E claro, aproveitando o exposto para incentivar mais uma vez a leitura de Chomsky. E que leitura!
Sei que para muitos, Chomsky é um visionário genial. Para outros ele é um anarquista com delírios antiamericanos.
Porém existe um consenso em um dado aspecto e nesse quesito, Chomsky é uma unanimidade:
— É simplesmente impossível ignorá-lo!
[fonte: syti.net ]
http://www.folhasocial.com/2014/01/chomsky-e-as-dez-estrategias-para.html
Caracas, eu já vi este filme!
ResponderExcluir22.11.2019
ResponderExcluirVIVA O ATEÍSMO CIENTÍFICO! MÍDIA RADIOFÔNICA E TELEVISIVA BRASILEIRA: IGNORANTE, MEDÍOCRE, VAGABUNDA, PROSTITUTA, RAMEIRA, ABSOLUTISTA, ARROGANTE, PREPOTENTE, AUTORITÁRIA, DESPÓTICA, ARBITRÁRIA, ANTIDEMOCRÁTICA, CAPACHO E LATRINA DO CRISTIANISMO. (PARTE II-FINAL). Quase toda a Europa já é ateísta! Os índices de analfabetismo e analfabetismo funcional na Europa é zero, se comparados aos índices brasileiros, que chegam a dezenas de milhões. Por que a grande mídia, o cristianismo, o Estado e os Três Poderes da República das Diretas-Já querem manter a todo o custo os brasileiros eternamente na Idade das Trevas? Por que o sistema educacional brasileiro é um lixo, alienante, ultrajante! Não é dever da escola mostrar as diferenças sociais e econômicas entre os países do fanatismo cristão, como o Brasil, e o ateísmo ou a religiosidade discreta, sofisticada, recatada, como nos países europeus do Primeiro Mundo. Mas, vocês não perdem por esperar, canalhas midiáticos e cristãos fanáticos, espalhafatosos, burlescos, animalescos, corruptos, sugadores, exploradores, enganadores, lobos em pele de cordeiro. Aliás, todo o Brasil já está pagando caro há 500 anos, por causa desse fanatismo cristão profundamente estimulado pelas castas dominantes, que mantêm o povo na mais bestial ignorância, sob o domínio do medo e na mais completa subserviência! País do progresso científico zero e das dezenas de milhares de igrejas cristãs babilônicas. País do desprezo aos cientistas. País da eterna mediocridade! Danem-se, então, fanáticos dos quintos dos infernos! Continuem vivendo nesse lamaçal medieval que no Brasil jamais deixou de existir. Continuem fazendo bom proveito deste país da violência, da criminalidade, da miséria, da fome, da ignorância, da corrupção, da impunidade! Amaldiçoados sejam aqueles que amam seus algozes! Povo infeliz, façam bom proveito de sua doença mental chamada Síndrome de Estocolmo. LUÍS CARLOS BALREIRA. PRESIDENTE MUNDIAL DA LEGIÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA.