A Polícia Federal, em conjunto com a polícia portuguesa, prendeu hoje um suspeito de envolvimento no ataque hacker ao sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que divulgou dados do tribunal no dia do primeiro turno da eleições municipais. A prisão ocorreu em Portugal.
Segundo a PF, "o inquérito policial aponta que um grupo de hackers brasileiros e portugueses, liderados por um cidadão português, foi responsável pelos ataques criminosos aos sistemas do TSE" no primeiro turno das Eleições de 2020, realizado no dia 15 de novembro. Ainda segundo a corporação, os crimes apurados no inquérito policial são os de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa, ambos previstos no Código Penal, além de outros previstos no Código Eleitoral e na Lei das Eleições (9.504/97).
Nesta semana, o grupo português CyberTeam, liderado pelo hacker conhecido como Zambrius, assumiu publicamente a autoria do vazamento de dados privados e do ataque cibernético ao TSE durante o primeiro turno. Não há confirmação se a prisão de hoje está relacionada a este grupo.
Quatro deputados são citados: Filipe Barros (PR), Eduardo Bolsonaro (SP), Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis (DF), todos do PSL. Caso processados, a lei exige que a iniciativa parta da PGR, perante o STF.
“O aprofundamento das análises tem revelado indícios da existência de um sofisticado núcleo de tecnologia da informação, com hackers a serviço de grupos políticos com interesses em desacreditar a Justiça Eleitoral, o processo de apuração e totalização de votos e, em última instância, o sagrado direito a eleições livres e limpas no Brasil”, aponta a representação da SaferNet.
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