VÍDEO:
Uma prática super tradicional da medicina, utilizada desde 1911, está nas manchetes de jornais e programas de televisão do Brasil em 2007. Não por seus reconhecidos e comprovados benefícios, mas porque querem interditá-la, mesmo sem conhecerem suas bases e as experiências feitas a respeito. A manchete do programa Fantástico excedeu em seu julgamento prévio, “auto picaretagem”, apesar de mostrar depoimentos de várias pessoas que declararam que melhoraram enormemente com seu uso, depois que médicos desistirem de seus casos.
Na intenção de trazer informações mais substanciais e profundas a seus leitores, o BEM ESTAR decidiu dedicar sua matéria de capa a este assunto que atualmente ocupa o lugar central nos debates sobre técnicas terapêuticas complementares.
O QUE É ?
Auto-Hemoterapia é uma técnica de estimulação imunológica que consiste da retirada de sangue da veia (da prega do cotovelo) e reposição imediata no músculo da nádega ou do braço da própria pessoa, estimulando assim o Sistema Retículo-Endotelial (S.R.E), o que provoca a quadruplicação dos macrófagos em todo organismo (ABMC, 2004).
Segundo o médico Ricardo Veronesi, o macrófago é uma célula importante no mecanismo de defesa do sistema imunológico do organismo, já que responde por várias funções: destruição de vírus, bactérias, complexos auto-imunes e células anormais (neoplásicas); eliminação do excesso de colesterol; limpeza de esteróides; regulação de hormônios; auxilia na desintoxicação do organismo e metabolismo de drogas; remoção de microagregados de fibrina e prevenção de coagulação intra-vascular.
Na intenção de trazer informações mais substanciais e profundas a seus leitores, o BEM ESTAR decidiu dedicar sua matéria de capa a este assunto que atualmente ocupa o lugar central nos debates sobre técnicas terapêuticas complementares.
O QUE É ?
Auto-Hemoterapia é uma técnica de estimulação imunológica que consiste da retirada de sangue da veia (da prega do cotovelo) e reposição imediata no músculo da nádega ou do braço da própria pessoa, estimulando assim o Sistema Retículo-Endotelial (S.R.E), o que provoca a quadruplicação dos macrófagos em todo organismo (ABMC, 2004).
Segundo o médico Ricardo Veronesi, o macrófago é uma célula importante no mecanismo de defesa do sistema imunológico do organismo, já que responde por várias funções: destruição de vírus, bactérias, complexos auto-imunes e células anormais (neoplásicas); eliminação do excesso de colesterol; limpeza de esteróides; regulação de hormônios; auxilia na desintoxicação do organismo e metabolismo de drogas; remoção de microagregados de fibrina e prevenção de coagulação intra-vascular.
UM POUCO DA HISTÓRIA
Apesar dos vários comentários das “autoridades” médicas, afirmando que a AH não tem fundamentação científica ou estudos prévios, uma simples pesquisa foi suficiente para traçar seu percurso histórico.
Em 1911, o médico F. Ravaut registrou sua utilização em diversas enfermidades infecciosas, em particular na febre tifóide e em várias dermatoses. Dr. Ravaut usou também a auto-hemoterapia em certos casos de asma, urticária e estados anafiláticos (Dicionário Enciclopédico de Medicina, T.1 de L. Braier).
Em 1912, o professor Sicard, da Sorbonne, Paris, utilizou-a empiricamente em tratamento de infecções e também para tratar da acne juvenil, com resultados muito positivos.
Em 1941, o Dr. Leopoldo Cea, no “Dicionário de Términos Y Expressiones Hematológicas”, pg. 37, cita: AH: “método de tratamento que consiste em injetar a um indivíduo cierta cantidad de sangre total (suero Y glóbules) tomada de este mismo indivíduo”. No mesmo ano, o Dr. H. Dousset, coloca a auto–hemoterapia na classificação de técnicas indispensáveis: “É útil em certos casos para dessensibilizações”.
Em 1976, Stedman, no “Dicionário Médico”, 25ª edição, na pg. 129, cita a utilização da AH, descrevendo seu procedimento. O mesmo acontece no livro “Index Clínico” – Alain Blacove Belair, publicado em 1977.
Ou seja, a AH é uma técnica reconhecida no campo médico, indicada por várias autoridades e com estudos publicados.
Mas no Brasil é que foi realizada a pesquisa mais esclarecedora. O professor Jesse Teixeira, médico consagrado em nosso país, provou que o Sistema Retículo-Endotelial era ativado pela auto-hemoterapia, em seu trabalho publicado e premiado em 1940 na “Revista Brasil – Cirúrgico”, no mês de Março.
Dr. Jesse Teixeira provocou a formação de uma bolha na coxa de pacientes, com cantárida, substância irritante. Fez a contagem dos macrófagos – células de defesa do sistema imunológico. Antes da auto-hemoterapia, a cifra foi de 5%. Após a auto-hemoterapia a cifra subiu a partir da 1ª hora, chegando após 8 horas a 22%. Manteve-se em 22% durante 5 dias e finalmente declinou para 5% no 7º dia após a aplicação. Em suma, o estudo comprovou que a auto hemoterapia provoca a quadruplicação dos macrófagos, aquelas células multi funcionais do sistema imunológico descritas por outro eminente médico brasileiro, Dr. Ricardo Veronesi.
ESTUDOS IMPRESSIONANTES!
A partir dessa constatação, Dr. Jésse Teixeira realizou uma pesquisa com a aplicação da auto-hemoterapia em pacientes que foram submetidos à cirurgia de pulmão, comprovando seu impressionante efeito: 0% de infecção hospitalar ou complicações pós-operatórias! Utilizou ele a autohemotransfusão de 20 cc logo após a operação; estando o doente ainda na mesa de operação.
A pesquisa foi baseada em 150 observações, das quais, a maioria, pertencentes à cirurgia de urgência (sem realização de profilaxia prévia), através dos casos passados pelo Serviço "Daniel de Almeida" a cargo do Dr.Jorge Doria, no Hospital de Pronto Socorro, no Rio de Janeiro, em 1937. Esta foi a primeira pesquisa brasileira publicada sobre o assunto, tendo sido premiada na categoria de originalidade, em março de 1940, na Revista "Brasil Cirúrgico". (Nota do Redator: Tenho disponível o trabalho, tanto xerocado em sua grafia original, quanto com ortografia atualizada).
Outro trabalho significativo é o do Dr Luiz Moura, eminente médico carioca, o primeiro presidente médico do INAMPS, que, quando estudante de Medicina, acompanhou o trabalho de seu pai, Dr. Pedro Moura, aplicando a auto-hemoterapia em pacientes que iriam à cirurgia, na Casa de Saúde S. José, no Rio de Janeiro, com a finalidade de evitar infecção ou complicações pulmonares pós-operatórias.
Fala o Dr. Luiz Moura: “Entre 1943 e 1947, quando cursava a Faculdade Nacional de Medicina apliquei a auto-hemoterapia seguindo a indicação de meu pai, Professor Pedro Moura, nos pacientes que ele operava na Casa de Saúde S. José, no Rio de Janeiro. A primeira aplicação era feita na residência do paciente e a segunda 5 dias depois, na Casa de Saúde, no quarto do paciente. A dosagem era sempre de 10ml. A finalidade da aplicação era evitar infecção ou outra complicação infecciosa pulmonar, já que a anestesia na época era feita em geral com éter, que irritava bastante os pulmões. O cirurgião geral, Dr. Pedro Moura adotou este método face ao sucesso da experiência do Professor Jésse Teixeira que registrou em 150 cirurgias as mais variadas, 0% de complicações infecciosas post-operatórias, em 1940”.
Dr. Moura, depois de formado continuou aplicando a auto-hemoterapia em casos de acne juvenil e dermatoses de fundo alérgico. Em 1976, aplicou a auto-hemoterapia no Dr. Garófalo, seu colega e amigo, que estava com obstrução arterial na coxa direita. Durante 4 meses, de 7 em 7 dias aplicava 10 ml de sangue. Após este período, o Dr. Garófalo, já podendo caminhar normalmente, submeteu-se a novos exames e comprovou que a artéria estava livre de obstrução. Foi quando Dr. Luiz Moura teve contato com os trabalhos do Dr. Jésse Teixeira (1940) e Ricardo Veronesi (1976) abrindo o campo para o tratamento das doenças auto-imunes.
O Dr. Luiz Moura passou a ser considerado uma grande referência na utilização da técnica de auto-hemoterapia, tanto como pesquisador quanto como divulgador. Suas pesquisas e prática clínica apresentam um leque enorme de possibilidades da aplicação da auto-hemoterapia, além de outros procedimentos terapêuticos. A respeito, foram gravados dois vídeos, de cerca de 2 horas e meia de duração cada: o "Energia da Vida" (realizado em 1992 por Luiz Sarmento e Ralph Viana) e "Auto-hemoterapia – Contribuição para a Saúde" (março de 2004, direção de Luiz Sarmento e Ana Martinez), que foram os vídeos que deram a dimensão nacional à auto hemoterapia e que foram citados e mostrados no Fantástico..
Há, também, inúmeras referências a tratamentos e aplicações da auto hemoterapia na Internet (como nas diversas enfermidades do tipo anafilático: coriza espasmódica, asma, eczemas, urticária, etc. – (ver www.megasalud.com.mx).
Numa pesquisa realizada na internet, constatamos que em Scottsdale, no estado de Arizona - EUA, o tratamento com a auto-hemoterapia (em diversas enfermidades) pode ser incluída no Plano de Saúde Pessoal, no Envita Natural Medical Center da America. (www.behealthyamerica.com/ therapies/autohemotherapy.htm).
UM CASO EMBLEMÁTICO
O Dr. Luiz Moura é pródigo em detalhes em suas anotações sobre os mais diversos casos que tratou com a AH. Um deles, em suas palavras: “Em setembro de 1976 internou-se na Clínica Médica do Hospital Cardoso Fontes uma paciente cujo diagnóstico foi esclarecido pela consultora dermatológica da Clínica, Dra. Ryssia Alvares Florião. Feitas as biópsias nas mamas, abdômen e coxa de A.S.O. (F) – 52 anos, e encaminhadas estas à patologista do Hospital, Dra. Glória de Morais Patello, o diagnóstico foi: esclerodermia, fase final.
A Dra. Ryssia que tinha sido residente em Clínica Dermatológica em Nova York, Estados Unidos, para onde convergiam os pacientes com esclerodermia, disse que “pouco podia fazer pela paciente, pois aquela Clínica era nada mais que um depósito de esclerodérmicos”
Iniciei o tratamento da paciente no dia 10/09/1976. Para provocar o desvio imunológico e assim aliviar a paciente apliquei 5 ml de sangue em cada deltóide e 5ml em cada glúteo, de 5 em 5 dias. A paciente já não caminhava há 8 meses e não deglutia sólidos, só líquidos, devido a estenose do esôfago. Um mês depois, no dia 10/10/1976 a paciente saía andando do Hospital, com alta melhorada assinada pela Dra. Ryssia.
A paciente continuou o tratamento com a dose de 10 ml de sangue por semana. Em maio de 1977 a paciente A.S.O. foi reinternada para avaliação, sendo constatada grande melhora em relação ao dia 10/10/1976 quando teve alta no ano anterior.
Surgiu na ocasião um concurso patrocinado pelo Laboratório Roche – Hospital Central da Aeronáutica. Redigimos então um trabalho minuciosamente documentado tanto com exames complementares como também com fotografias em slides da paciente em setembro de 1976 e maio de 1977. O concurso cujo tema era originalidade não publicou o trabalho”.
Aí começa a desvendar-se o lado sombrio e subterrâneo dos interesses contrariados por esta tradicional prática médica. Afinal, a auto hemoterapia, por estimular o sistema imunológico provou sua eficiência sem a utilização de medicamentos! Uma seringa e uma agulha ao invés de remédios caros e de uso continuado. Fica evidente que os interesses mercadológicos da poderosa indústria farmacêutica são confrontados por uma prática simples e de comprovada eficiência (zero de infecção hospitalar em 150 casos é uma boa medida, não?).
DISSEMINAÇÃO, RESISTÊNCIAS E INTERESSES
Os diversos casos citados pelo Dr. Luiz Moura em vários artigos e por outros profissionais que passaram a utilizar a AH, como a enfermeira Ida Zaslavsky, em Florianópolis, chamaram a atenção de vários profissionais em todo o Brasil, que também tiveram acesso ao vídeo e passaram a incluir esse procedimento em suas clínicas. Os incontáveis resultados favoráveis com este tratamento coadjuvante (a AH é utilizada de forma complementar) e a conseqüente divulgação boca a boca por parte dos pacientes beneficiados tornou a AH rapidamente popular. Afinal trata-se de uma terapia eficaz e barata, com mínimas contra indicações, própria para um país pobre e com um sistema de saúde precário. Em Recife passou a ser utilizada na rede pública, em Postos de Saúde, com bons resultados, segundo o médico que está à frente do projeto e que fez esta declaração ao Fantástico.
A resposta das instituições profissionais não demorou, alguns conselhos de medicina e de enfermagem a princípio desaconselharam seu uso até que estudos mais conclusivos fossem feitos. Outros simplesmente proibiram sua prática, baseados no argumento de que não se trata de um procedimento científico.
A discussão sobre cientificidade, seus métodos e limitações, é pertinente, mas não cabe no espaço deste artigo, até porque os dados e estudos citados são mais do que abundantes. Mas o que cabe é perguntar por que se proíbe arbitrariamente um procedimento médico tradicional que não utiliza medicamentos, apesar das evidências, vários estudos e inumeráveis relatos pessoais?
A AH poderia ser criticada por sua suposta ineficácia comparada aos medicamentos modernos, ou por ser um procedimento fora de uso, como as ventosas, pela medicina tecnológica atual. Mas sua proibição extemporânea e irracional gera a inevitável conjetura: que interesses estão sendo contrariados? Quem está perdendo com a disseminação da AH? Serão aqueles que apregoam e têm lucros fantásticos (boa a lembrança do nome) com a venda de medicamentos?
Com certeza não são os pacientes que se submeteram à auto hemoterapia, pois em todas as matérias publicadas m jornais e as veiculadas pela televisão, não apareceu nenhum cidadão ou cidadã reclamando de sua ineficácia, muito pelo contrário.
Só nos resta constatar que no Brasil do vale tudo, só não valem, verdadeiramente, os interesses da população. Mas é inevitável que, como disse Caetano Veloso, “enquanto os homens exercem os podres poderes”, nós faremos nosso carnaval, cuidando da melhor maneira de nossa saúde, pois os poderosos nunca cuidaram.
OLHOS PARA A MATÉRIA
A pesquisa comprovou que a auto hemoterapia provoca a quadruplicação dos macrófagos, células multi funcionais do sistema imunológico.
A pesquisa do Dr. Jessé Teixeira, com a aplicação da auto-hemoterapia em pacientes submetidos à cirurgia de pulmão, teve um impressionante resultado: 0% de infecção hospitalar ou complicações pós-operatórias!
A auto hemoterapia, por estimular o sistema imunológico, provou sua eficiência sem a utilização de medicamentos!
http:// www.julearauju.blogspot.com.br/ 2013/07/ leiaassista-o-videoauto-hemoter apia.html
Em 1911, o médico F. Ravaut registrou sua utilização em diversas enfermidades infecciosas, em particular na febre tifóide e em várias dermatoses. Dr. Ravaut usou também a auto-hemoterapia em certos casos de asma, urticária e estados anafiláticos (Dicionário Enciclopédico de Medicina, T.1 de L. Braier).
Em 1912, o professor Sicard, da Sorbonne, Paris, utilizou-a empiricamente em tratamento de infecções e também para tratar da acne juvenil, com resultados muito positivos.
Em 1941, o Dr. Leopoldo Cea, no “Dicionário de Términos Y Expressiones Hematológicas”, pg. 37, cita: AH: “método de tratamento que consiste em injetar a um indivíduo cierta cantidad de sangre total (suero Y glóbules) tomada de este mismo indivíduo”. No mesmo ano, o Dr. H. Dousset, coloca a auto–hemoterapia na classificação de técnicas indispensáveis: “É útil em certos casos para dessensibilizações”.
Em 1976, Stedman, no “Dicionário Médico”, 25ª edição, na pg. 129, cita a utilização da AH, descrevendo seu procedimento. O mesmo acontece no livro “Index Clínico” – Alain Blacove Belair, publicado em 1977.
Ou seja, a AH é uma técnica reconhecida no campo médico, indicada por várias autoridades e com estudos publicados.
Mas no Brasil é que foi realizada a pesquisa mais esclarecedora. O professor Jesse Teixeira, médico consagrado em nosso país, provou que o Sistema Retículo-Endotelial era ativado pela auto-hemoterapia, em seu trabalho publicado e premiado em 1940 na “Revista Brasil – Cirúrgico”, no mês de Março.
Dr. Jesse Teixeira provocou a formação de uma bolha na coxa de pacientes, com cantárida, substância irritante. Fez a contagem dos macrófagos – células de defesa do sistema imunológico. Antes da auto-hemoterapia, a cifra foi de 5%. Após a auto-hemoterapia a cifra subiu a partir da 1ª hora, chegando após 8 horas a 22%. Manteve-se em 22% durante 5 dias e finalmente declinou para 5% no 7º dia após a aplicação. Em suma, o estudo comprovou que a auto hemoterapia provoca a quadruplicação dos macrófagos, aquelas células multi funcionais do sistema imunológico descritas por outro eminente médico brasileiro, Dr. Ricardo Veronesi.
ESTUDOS IMPRESSIONANTES!
A partir dessa constatação, Dr. Jésse Teixeira realizou uma pesquisa com a aplicação da auto-hemoterapia em pacientes que foram submetidos à cirurgia de pulmão, comprovando seu impressionante efeito: 0% de infecção hospitalar ou complicações pós-operatórias! Utilizou ele a autohemotransfusão de 20 cc logo após a operação; estando o doente ainda na mesa de operação.
A pesquisa foi baseada em 150 observações, das quais, a maioria, pertencentes à cirurgia de urgência (sem realização de profilaxia prévia), através dos casos passados pelo Serviço "Daniel de Almeida" a cargo do Dr.Jorge Doria, no Hospital de Pronto Socorro, no Rio de Janeiro, em 1937. Esta foi a primeira pesquisa brasileira publicada sobre o assunto, tendo sido premiada na categoria de originalidade, em março de 1940, na Revista "Brasil Cirúrgico". (Nota do Redator: Tenho disponível o trabalho, tanto xerocado em sua grafia original, quanto com ortografia atualizada).
Outro trabalho significativo é o do Dr Luiz Moura, eminente médico carioca, o primeiro presidente médico do INAMPS, que, quando estudante de Medicina, acompanhou o trabalho de seu pai, Dr. Pedro Moura, aplicando a auto-hemoterapia em pacientes que iriam à cirurgia, na Casa de Saúde S. José, no Rio de Janeiro, com a finalidade de evitar infecção ou complicações pulmonares pós-operatórias.
Fala o Dr. Luiz Moura: “Entre 1943 e 1947, quando cursava a Faculdade Nacional de Medicina apliquei a auto-hemoterapia seguindo a indicação de meu pai, Professor Pedro Moura, nos pacientes que ele operava na Casa de Saúde S. José, no Rio de Janeiro. A primeira aplicação era feita na residência do paciente e a segunda 5 dias depois, na Casa de Saúde, no quarto do paciente. A dosagem era sempre de 10ml. A finalidade da aplicação era evitar infecção ou outra complicação infecciosa pulmonar, já que a anestesia na época era feita em geral com éter, que irritava bastante os pulmões. O cirurgião geral, Dr. Pedro Moura adotou este método face ao sucesso da experiência do Professor Jésse Teixeira que registrou em 150 cirurgias as mais variadas, 0% de complicações infecciosas post-operatórias, em 1940”.
Dr. Moura, depois de formado continuou aplicando a auto-hemoterapia em casos de acne juvenil e dermatoses de fundo alérgico. Em 1976, aplicou a auto-hemoterapia no Dr. Garófalo, seu colega e amigo, que estava com obstrução arterial na coxa direita. Durante 4 meses, de 7 em 7 dias aplicava 10 ml de sangue. Após este período, o Dr. Garófalo, já podendo caminhar normalmente, submeteu-se a novos exames e comprovou que a artéria estava livre de obstrução. Foi quando Dr. Luiz Moura teve contato com os trabalhos do Dr. Jésse Teixeira (1940) e Ricardo Veronesi (1976) abrindo o campo para o tratamento das doenças auto-imunes.
O Dr. Luiz Moura passou a ser considerado uma grande referência na utilização da técnica de auto-hemoterapia, tanto como pesquisador quanto como divulgador. Suas pesquisas e prática clínica apresentam um leque enorme de possibilidades da aplicação da auto-hemoterapia, além de outros procedimentos terapêuticos. A respeito, foram gravados dois vídeos, de cerca de 2 horas e meia de duração cada: o "Energia da Vida" (realizado em 1992 por Luiz Sarmento e Ralph Viana) e "Auto-hemoterapia – Contribuição para a Saúde" (março de 2004, direção de Luiz Sarmento e Ana Martinez), que foram os vídeos que deram a dimensão nacional à auto hemoterapia e que foram citados e mostrados no Fantástico..
Há, também, inúmeras referências a tratamentos e aplicações da auto hemoterapia na Internet (como nas diversas enfermidades do tipo anafilático: coriza espasmódica, asma, eczemas, urticária, etc. – (ver www.megasalud.com.mx).
Numa pesquisa realizada na internet, constatamos que em Scottsdale, no estado de Arizona - EUA, o tratamento com a auto-hemoterapia (em diversas enfermidades) pode ser incluída no Plano de Saúde Pessoal, no Envita Natural Medical Center da America. (www.behealthyamerica.com/
UM CASO EMBLEMÁTICO
O Dr. Luiz Moura é pródigo em detalhes em suas anotações sobre os mais diversos casos que tratou com a AH. Um deles, em suas palavras: “Em setembro de 1976 internou-se na Clínica Médica do Hospital Cardoso Fontes uma paciente cujo diagnóstico foi esclarecido pela consultora dermatológica da Clínica, Dra. Ryssia Alvares Florião. Feitas as biópsias nas mamas, abdômen e coxa de A.S.O. (F) – 52 anos, e encaminhadas estas à patologista do Hospital, Dra. Glória de Morais Patello, o diagnóstico foi: esclerodermia, fase final.
A Dra. Ryssia que tinha sido residente em Clínica Dermatológica em Nova York, Estados Unidos, para onde convergiam os pacientes com esclerodermia, disse que “pouco podia fazer pela paciente, pois aquela Clínica era nada mais que um depósito de esclerodérmicos”
Iniciei o tratamento da paciente no dia 10/09/1976. Para provocar o desvio imunológico e assim aliviar a paciente apliquei 5 ml de sangue em cada deltóide e 5ml em cada glúteo, de 5 em 5 dias. A paciente já não caminhava há 8 meses e não deglutia sólidos, só líquidos, devido a estenose do esôfago. Um mês depois, no dia 10/10/1976 a paciente saía andando do Hospital, com alta melhorada assinada pela Dra. Ryssia.
A paciente continuou o tratamento com a dose de 10 ml de sangue por semana. Em maio de 1977 a paciente A.S.O. foi reinternada para avaliação, sendo constatada grande melhora em relação ao dia 10/10/1976 quando teve alta no ano anterior.
Surgiu na ocasião um concurso patrocinado pelo Laboratório Roche – Hospital Central da Aeronáutica. Redigimos então um trabalho minuciosamente documentado tanto com exames complementares como também com fotografias em slides da paciente em setembro de 1976 e maio de 1977. O concurso cujo tema era originalidade não publicou o trabalho”.
Aí começa a desvendar-se o lado sombrio e subterrâneo dos interesses contrariados por esta tradicional prática médica. Afinal, a auto hemoterapia, por estimular o sistema imunológico provou sua eficiência sem a utilização de medicamentos! Uma seringa e uma agulha ao invés de remédios caros e de uso continuado. Fica evidente que os interesses mercadológicos da poderosa indústria farmacêutica são confrontados por uma prática simples e de comprovada eficiência (zero de infecção hospitalar em 150 casos é uma boa medida, não?).
DISSEMINAÇÃO, RESISTÊNCIAS E INTERESSES
Os diversos casos citados pelo Dr. Luiz Moura em vários artigos e por outros profissionais que passaram a utilizar a AH, como a enfermeira Ida Zaslavsky, em Florianópolis, chamaram a atenção de vários profissionais em todo o Brasil, que também tiveram acesso ao vídeo e passaram a incluir esse procedimento em suas clínicas. Os incontáveis resultados favoráveis com este tratamento coadjuvante (a AH é utilizada de forma complementar) e a conseqüente divulgação boca a boca por parte dos pacientes beneficiados tornou a AH rapidamente popular. Afinal trata-se de uma terapia eficaz e barata, com mínimas contra indicações, própria para um país pobre e com um sistema de saúde precário. Em Recife passou a ser utilizada na rede pública, em Postos de Saúde, com bons resultados, segundo o médico que está à frente do projeto e que fez esta declaração ao Fantástico.
A resposta das instituições profissionais não demorou, alguns conselhos de medicina e de enfermagem a princípio desaconselharam seu uso até que estudos mais conclusivos fossem feitos. Outros simplesmente proibiram sua prática, baseados no argumento de que não se trata de um procedimento científico.
A discussão sobre cientificidade, seus métodos e limitações, é pertinente, mas não cabe no espaço deste artigo, até porque os dados e estudos citados são mais do que abundantes. Mas o que cabe é perguntar por que se proíbe arbitrariamente um procedimento médico tradicional que não utiliza medicamentos, apesar das evidências, vários estudos e inumeráveis relatos pessoais?
A AH poderia ser criticada por sua suposta ineficácia comparada aos medicamentos modernos, ou por ser um procedimento fora de uso, como as ventosas, pela medicina tecnológica atual. Mas sua proibição extemporânea e irracional gera a inevitável conjetura: que interesses estão sendo contrariados? Quem está perdendo com a disseminação da AH? Serão aqueles que apregoam e têm lucros fantásticos (boa a lembrança do nome) com a venda de medicamentos?
Com certeza não são os pacientes que se submeteram à auto hemoterapia, pois em todas as matérias publicadas m jornais e as veiculadas pela televisão, não apareceu nenhum cidadão ou cidadã reclamando de sua ineficácia, muito pelo contrário.
Só nos resta constatar que no Brasil do vale tudo, só não valem, verdadeiramente, os interesses da população. Mas é inevitável que, como disse Caetano Veloso, “enquanto os homens exercem os podres poderes”, nós faremos nosso carnaval, cuidando da melhor maneira de nossa saúde, pois os poderosos nunca cuidaram.
OLHOS PARA A MATÉRIA
A pesquisa comprovou que a auto hemoterapia provoca a quadruplicação dos macrófagos, células multi funcionais do sistema imunológico.
A pesquisa do Dr. Jessé Teixeira, com a aplicação da auto-hemoterapia em pacientes submetidos à cirurgia de pulmão, teve um impressionante resultado: 0% de infecção hospitalar ou complicações pós-operatórias!
A auto hemoterapia, por estimular o sistema imunológico, provou sua eficiência sem a utilização de medicamentos!
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EU SÓ TENHO QUE AGRADECER POR ESTAS INFORMAÇÕES TÃO VALIOSAS, E DIZER QUE TENHO MUITA ADMIRAÇÃO PELA CORAGEM DE TODOS QUE ESTÃO EMPENHADOS EM DIVULGAR ESTE SIMPLES E MARAVILHOSO PROCEDIMENTO; POIS OS POBRES PRECISAM DE PESSOAS CARIDOSAS COMO VOCÊS QUE ESTÃO COLOCANDO O AMOR ACIMA DO DINHEIRO.
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