É com muita tristeza que venho publicar os relatos de uma PRÁTICA PRECONCEITUOSA, TRISTE E HUMILHANTE.
Tal ato vem sendo praticado à algum tempo, mais especificamente na cidade de Miraí, Minas Gerais ( Zona da Mata ), na Escola Estadual Santo Antônio ( E.E.S.A ) por uma professora (não convém citar o nome), e determinados alunos do 3º ANO B.
Tenho 17 anos, sou ateu, e moro em um país com predominância de estado LAICO. Ultimamente venho sendo constantemente discriminado em uma escola estadual, pelo fato de ter uma linhagem de pensamentos divergentes, e a falta de uma crença.
Uma professora dessa escola, tem o hábito de fazer uma oração na sua primeira aula de cada dia. Respeito em cada detalhe as preferências alheias, como fé, pensamentos e dogmas diferenciados, e inicialmente não importei-me com as orações. Na semana seguinte, a professora disse algo anti-ético, imoral e até plausível de processo. Como sento na primeira cadeira, provavelmente, observando que não participo das orações, a professora lançou o seguinte comentário : " - A pessoa que não tem Deus na vida, ou não o teme, NUNCA SERÁ NADA NA VIDA ".
Como era de se esperar, me senti muito ofendido e discriminado, procurando tomar cabíveis providências na aula da próxima semana, aula qual a professora tentara novamente fazer a oração. Tentei dialogar, alegando que ela me faltou com muito respeito, e que tal prática era INCOSTITUCIONAL, devido ào Brasil ser um país Laico, proibindo qualquer predominância religiosa, ou incitação da mesma. A professora me questionou então, se realmente isso era proibido, porque os países do Oriente Médio, por exemplo, obrigam a sua população à seguirem uma religião. Tive que explicar a ela a diferença entre um país ser LAICO ou não (O que considero um absurdo uma pessoa na área da educação, que diz ter mais de 20 anos de trabalho, não saber a diferença disso).
A mesma disse que DESCONHECIA TAL ARTIGO DA CONSTITUIÇÃO, E SE EXISTIA, NUNCA SERIA PRATICAVEL, e que se fosse para ela deixar de fazer a sua oração, costume de 25 anos, alegou que eu deveria levar um Juíz à escola (Qual o nexo de se levar um juíz em uma sala de aula ?).
A professora continuou com suas orações, e desde então fui virando alvo de comentários, entre outras citações degradantes.
No dia 21/03/2012 algo surpreendente, e mais vergonhoso ainda aconteceu. Eu me atrasei para a aula por alguns poucos minutos, e ao chegar, a tal professora estava falando com a classe a respeito de mim, apesar de não saber exatamente o que era. Repentinamente, ela veio conversar comigo na frente da turma, me dizendo em tom irônico que se eu me sentisse desrespeitado por uma oração, que eu poderia me retirar da sala enquanto os alunos oram (absurdo, visando que salas de aula tem uma utilidade).
Como já estive sofrendo retaliações à algum tempo, resolvi gravar a aula nesse exato momento, com o celular.
A gravação ( link : ) começa logo após ela me dizer que se eu estivesse me sentindo desrespeitado, que eu poderia me retirar, então escondi o celular no meu bolso, porque provavelmente seria apreendido.
Eis que a oração do "pai nosso" começa, da forma que todo mundo já conhece, só que com uma espécie de substituição do "livrai-nos de todo mal". Um aluno (não citarei seu nome) faz a substituição por "Livrai-nos de todo "ciel(meu apelido)" ". Atitude desrespeitosa (classificada como BULLYING ). A professora ouvindo tudo, não fez questão de me defender, ao contrário do que era de se esperar com um profissional na área da educação. Eis que a oração acaba, seguida de aplausos (claramente notável no video/audio) e risos, que não foram seguidos sequer de nenhum comentário da professora.
Fiquei me questionando por algum tempo, como a religião, que prega tanto amor e paz, pode incitar isso à uma pessoa com diferentes pensamentos.
Já fui caracterizado como satanista, entre outros termos e adjetivos que nem valem a pena serem contados. A ignorância é tanta que desconhecem a diferença entre um Ateu e um Satanista.
O que eu relato aqui são fatos verídicos, com provas concretas e testemunhas para quem deseja ver e ouvir.
As principais perguntas são:
Onde está a igualdade no País?
Quem são esses "PROFISSIONAIS" que os governos andam contratando que sequer sabem o significado de respeito ou conhecem a constituição Brasileira?
O que leva uma pessoa dizer ser "profissional à tantos anos" fazer tamanho desrespeito com um aluno?
Qual são as providências cabiveis à direção, secretaria/delegacia de ensino, que podem ser tomadas diante tais fatos?
Aqui registro minha indignação, com muita vergonha e humilhação, não apenas pelo fato de ter sido discriminado, mas sim por uma população com diferenças que se cala, que se reprime, e que provavelmente ainda vai se redimir para muitas pessoas ignorantes da mesma corja de tais "PROFISSIONAIS".
VÍDEOS:
Make by Liberte Sua Mente
Eu fui perseguido por ser negro. Por ser magro, por ser pequeno e tô vivo.
ResponderExcluirViadinho chorão