Químico usado na fabricação do plástico e de latas é associado a doenças como câncer, obesidade, diabetes infantil e distúrbios neurológicos; proibição vale a partir de janeiro de 2012
O bisfenol A é uma substância química usada na fabricação do plástico e no revestimento interno de latas de bebidas e de alimentos. Segundo pesquisas, pode provocar puberdade precoce, câncer, alterações no sistema reprodutivo e no desenvolvimento hormonal, infertilidade, aborto e obesidade. Por conta disso, já foi proibido na União Europeia, no Canadá, na China, na Malásia e na Costa Rica. Onze estados americanos também já vetaram o BPA em mamadeiras e copos infantis.
A decisão da Anvisa vem ao encontro da lei sancionada em Piracicaba no ultimo dia 3 de setembro em Piracicaba, interior de São Paulo, onde já está proibida a comercialização de mamadeiras e copos de bico fabricados com BPA. A lei proposta pelo vereador Capitão Gomes e sancionada pelo prefeito Barjas Negri, ex ministro da Fazenda, fez de Piracicaba o primeiro município brasileiro a combater os perigos do bisfenol com medidas legais e estimulou outras cidades como Campinas, Americana, Tupã, Sorocaba, Indaiatuba e Rio Claro a desenvolverem iniciativas que vão além do tema das mamadeiras e que propõem a proibição imediata também em latas de refrigerantes, alimentos e em demais embalagens plásticas.
Além desses municípios, existe um movimento que reúne vereadores de todo o Brasil e que, neste momento, somam mais de 50 projetos de lei em diversas cidades e também na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo, através do deputado José Bittencourt. Na Câmara dos Deputados, o parlamentar Alfredo Sirkis apoia a luta oficialmente desde o começo do ano, quando protocolou seu próprio Projeto de Lei que proíbe o bisfenol A em qualquer produto fabricado e vendido em território nacional. Ainda no Congresso Nacional, um outro projeto do senador Gim Argello também busca proibir a substância química em mamadeiras e copos de bico.
O site O Tao do Consumo, que foi criado há 18 meses justamente para promover um debate público nacional sobre o tema do BPA, parabeniza a Anvisa pela sua acertada decisão e agradece ao Grupo de Estudos de Desreguladores Endócrinos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, regional São Paulo, pela parceria nesta luta que vem registrando importantes avanços nos últimos meses. Sabemos que a proibição em mamadeiras representa um primeiro passo para eliminar esse perigo que é o bisfenol A, mas com o apoio da SBEM-SP e a conscientização dos políticos e da população, estamos confiantes de que é uma luta que vale a pena.
MAMADEIRA RECOMENDADA APENAS COM ESSE SELO:
Veja o vídeo:
Fonte: otaodoconsumo.com.br
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