“Se o homem integra sua Anima ele desenvolve: Desenvolve a capacidade de sentir o que se passa no outro ser humano, desenvolve a retidão de caráter, a ponderação no julgamento, a sensibilidade em lidar com o outro, o senso de Justiça, a polidez, a gentileza, liberta o sentir, a criatividade, a capacidade de ouvir, a integração com a família, a capacidade de liderança, encontra um sentido para a vida, respeito e devoção pela mulher, o interesse pela ecologia.
Se a mulher integra seu animus ela desenvolve: Capacidade de concentração, capacidade de agir, pensamento claro, equalizar a simpatia e a antipatia, não se deixar subvalorizar, tornar-se mulher e não mãe, torna-se forte mas não “machona”, raciocínio lógico, objetivar sentimentos e não se deixar levar por ele, compreender o Homem de maneira mais abrangente, ter metas e aspirações e conseguir trazê-las para terra, a capacidade de controlar a fala e não ser fofoqueira, a capacidade de manter-se neutra e não criar conflitos, capacidade acolher e cuidar do outro, compreensão mais ampla de seu papel e a doação para família, a força do discernimento diferenciando o real da fantasia.”
O Homem e a Mulher
Com o conhecimento dos arquétipos, podemos entender como isso é na vida real, como essas diferenças se apresentam no dia a dia em cada um de nós, cada homem deve ter em si um Marte e cada mulher deve ter em si uma Vênus, a essência de cada um de nós esta justamente nesses arquétipos. Mas não só em nós mora esses arquétipos mas também em nossas relações, sejam elas eróticas ou não. Todo relacionamento deve ter em vários momentos forças de Marte e Vênus.
As diferenças entre o Homem e a Mulher chegam inclusive no âmbito biológico.
Também na fisiologia íntima existem diferenças entre o homem e a mulher, o homem possui um quantidade maior hemácias no sangue e dentro das hemácias encontramos a hemoglobina que é a proteína portadora do ferro, ou seja, o homem tem mais ferro no organismo, para elucidar a explicação, vamos pegar como exemplo uma pessoa que esta anêmica, quando isso acontece, falta a vontade de atuar, a pessoa se sente fraca. Falta ferro que é o elemento de Marte o símbolo do masculino, entre tanto para administrador dosagens de ferro para um paciente anêmico, é necessário que junto a isso seja receitado o cobre, porque é esse elemento que faz um receptáculo para que o ferro seja absorvido pelo organismo, e a mulher tem uma quantidade maior de cobre no sangue, ou seja, homens possuem fisiologicamente maior propensão a atuação, e mulheres ao acolhimento.
O ferro quando queimado produz luz, o cobre quando queimado produz calor. Completando o quadro interior:
Na vida embrionária também é possível observar o jogo dessas duas forças. O sistema genito-urinário, é o único sistema que depois se diferencia, enquanto no homem certas partes se desenvolvem, suas equivalentes no sexo feminino se atrofiam.
Por sua natureza biológica já conseguimos entender que o homem é mais voltado para pensar e o agir e a mulher para o sentir.
A expressão artística nos mostra isso, o homem sempre foi representado por episódios de luta e embate e mulher sempre pela beleza, com um filho no braço ou com instrumentos musicais.
Os contos de fadas também ilustram esse papel masculino, do lutador, do “mocinho”, daquele que salva a donzela, e a mulher sempre representada como a frágil princesa, a musa inspiradora, aquela por quem o príncipe é capaz de todas as façanhas.
Esse arquétipo que foi muito usado no “amor cortês”, que foi um conceito europeu medieval de atitudes, mitos e etiqueta para enaltecer o amor, e que gerou vários gêneros de literatura medieval, incluindo o romance. Ele surgiu nas cortes ducais e principescas das regiões onde hoje se situa a França meridional, em fins do século XI. Em sua essência, o amor cortês era uma experiência contraditória entre o desejo erótico e a realização espiritual, “um amor ao mesmo tempo ilícito e moralmente elevado, passional e auto-disciplinado, humilhante e exaltante, humano e transcendente”.
No decorrer da história da humanidade esse arquétipo foi se perdendo, a revolução industrial, o feminismo, foram formatando novas formas de relacionamento onde no momento atual encontramos em muitos casos a inversão de papéis, que refere-se justamente a esse imagem mais essencial que cada um de nós carrega sobre o feminino e o masculino.
Animus e Anima
Podemos falar também sobre essas forças dos arquétipos dentro de nós, que foram denominadas por Jung como: Anima e o Animus, o arquétipo da anima (termo em latim para alma),constitui o lado feminino no homem, e o arquétipo do animus(termo em latim para mente ou espírito), constitui o lado masculino na psique da mulher. Ambos os sexos possuem aspectos do sexo oposto, não só biologicamente, através dos hormônios e genes, como também, psicologicamente através de sentimentos e atitudes.
Sendo a persona a face externa da psique, a face interna, a formar o equilíbrio são os arquétipos da anima e animus. O homem traz consigo, como herança, a imagem de mulher. Não a imagem de uma ou de outra mulher especificamente, mas sim uma imagem arquetípica, ou seja, formada ao longo da existência humana e sedimentada através das experiências masculinas com o sexo oposto.
Cada mulher, por sua vez, desenvolveu seu arquétipo de animus através das experiências com o homem durante toda a evolução da humanidade, ou seja, todo homem tem dentro de si uma Anima e toda mulher tem dentro de si um Animus, aquilo que na fase lemúrica era unido fisicamente encontramos no homem moderno uma parte como expressão física, e a outra como algo que temos que buscar o equilíbrio, desenvolver e integrar, para tornarmo-nos novamente unos no decorre da biografia, mas antes que isso aconteça, na época da adolescência quando desperta pela primeira vez a imagem da Eva e do Adão dentro do indivíduo até aproximadamente 28 anos, como não somos “inteiros” buscamos no outro aquilo que em nós ainda não existe, e aí começa o duro caminho do relacionar-se.
Três fenômenos ocorrem relacionamentos de pessoas que ainda não estão integradas, e por muitas vezes levando-os inclusive para o fim:
O espelhamento - O outro é para mim como que um espelho, encontro comigo mesmo na alma do outro. “Não consigo mais viver sem ele”, é um exemplo claro de espelhamento, sem a individualidade do outro não consigo me reconhecer.
A projeção: A imagem ideal feminina ou masculina que mora dentro de nós é projetada no parceiro, que sendo de carne e osso, jamais consegue corresponder à imagem ideal.
A transposição: Uma imagem condicionada de pai, mãe, amante, amor platônico, ideal, que nunca foi confrontado com a realidade, que nunca foi efetivamente vivido, que permanece como imagem ideal positiva que se transforma em um verdadeiro fantasma no relacionamento (Dona Flor e seus dois maridos), gerando uma expectativa sobre o parceiro além da possibilidade humana.
A integração do Animus e da Anima
À partir dos 28 anos começa na biografia a necessidade interna da integração, a mulher começa a sentir necessidade de integrar seu animus, que significa, ter o pensar mais assertivo, força na ação, trazer para o mundo seus desejos, e homem começa ter necessidade de expressar mais os seus sentimentos, tem vontade de ficar mais com a parceira e tem vontade de compartilhar.
Agora é a fase da individuação da alma, onde eu começo a percorrer o caminho para tornar-me um indivíduo inteiro capaz de compartilhar com o outro.
Agora começamos a lutar com antigas normas, “homem não chora”, “você não pode depender de seu marido” , etc.
As características positivas da anima:
O calor nos sentimentos
A capacidade de amar
Atribuir significados mais profundos e humanos
Compadece-se com o sentimento alheio
Cuidar
Ouvir
Criatividade
Beleza
Leveza
Senso estético
Religação com o espiritual
As características positivas do animus:
Força de iniciativa
Força de ação
Falar
Pensamento claro
Raciocínio lógico
Concentração
Cumprimento de metas, aspiração
Lutar
Empreender o novo
Força do discernimento
Se o homem integra sua Anima ele desenvolve:
Desenvolve a capacidade de sentir o que se passa no outro ser humano
Desenvolve a retidão de caráter
A ponderação no julgamento
A sensibilidade em lidar com o outro
O senso de Justiça
A polidez
A gentileza
Liberta o sentir
A criatividade
A capacidade de ouvir
A integração com a família
A capacidade de liderança
Encontra um sentido para a vida
Respeito e devoção pela mulher
O interesse pela ecologia
Se o homem não integra sua anima ele se torna:
Excessivamente agressivo
Vingativo
“Embruxado”
Emotividade inferior, fala-se de uma alma endurecida
Excessivamente “palhaço”, não leva nada a sério
Não respeita a mulher
Torna-se um mal caráter
Não consegue ponderar as coisas
Torna-se grosseiro
Não é criativo
Não tem modos, vira uma “mulher bem vulgar.”
Torna-se materialista, não consegue ver o lado espiritual das coisas
Pode tornar-se um alcoólatra ou adicto em drogas como cocaína
Torna-se machista, acha que a mulher merecer ser punida.
Torna-se fraco e sem vontade, dependente da mulher
Unilateral, com uma bitolação no pensamento
Não consegue se comprometer com nada na vida
Não sustenta promessa
Se a mulher integra seu animus ela desenvolve:
Capacidade de concentração
Capacidade de agir
Pensamento claro
Equalizar a simpatia e a antipatia
Não se deixar subvalorizar
Tornar-se mulher e não mãe
Torna-se forte mas não “machona”
Raciocínio lógico
Objetivar sentimentos e não se deixar levar por ele
Compreender o Homem de maneira mais abrangente
Ter metas e aspirações e conseguir trazê-las para terra
A capacidade de controlar a fala e não ser fofoqueira
A capacidade de manter-se neutra e não criar conflitos
Capacidade acolher e cuidar do outro
Compreensão mais ampla de seu papel e a doação para família
A força do discernimento diferenciando o real da fantasia
Se a mulher não integra o animus ela se torna:
Vulgar
“Machona”, disputa tudo com o homem
Fria e dura
Perde a sensibilidade
Tem sempre o sentimento de ser injustiçada porque se compara ao homem
Tem opiniões pré fixadas
Mãe autoritária
Excessivamente regrada, transforma a casa em um quartel general
Excessivamente dependente do marido e dos filhos
Muito fantasiosa chegando ao histerismo
Medo de tudo e de todos
Busca constante proteção
Quer disputar o tempo inteiro
Excessivamente julgadora
Aproxima-se sempre de homens mais frágeis para poder ser a “comandante” da situação
As relações
Não vou enfocar aqui o aspecto erótico, e sim a questão de como nos relacionamos no dia a dia e o que isso tem haver com a integração.
Nos relacionamentos atuais, homem e mulher, filho e mãe, empregado e empregador, chefe ou subordinado, encontramos as “sombras” que surgem da falta de consonância dessas duas forças: Marte e Vênus ou Homem e Mulher.
Diante da discussão de um tema, da aparição de um problema, normalmente entramos em áreas de conflito, a integração dessas forças por nós é o que permite relações harmoniosas. Isso no dia a dia significa:
Quando algo tem que ser expressado, devemos fazer uso dessas duas forças para que algo novo possa ser construído:
Vênus – Amor / Marte – Verdade
Amor e Verdade constroem
Amor sem Verdade é falso
Verdade sem Amor é duro
Falta de Amor e Verdade destrói
Como Cultivar a Anima e o Animus
Como cultivar a Anima:
- Exercitar a parceria nas relações, se dispor a trabalhar em equipe.
- Se colocar a serviço do outro
- Cuidar dos filhos ou de crianças
- Praticar atividade artística
- Buscar o espiritual
- Cultivar a fantasia ativa – experimente escrever para sua anima.
- Cultivar a religiosidade
- Procurar o encontro com seu Eu
- Cuidar da casa
- Fazer trabalhos manuais
- Fazer atividades lúdicas – brincar
- Cantar ou dançar
- Fazer atividades que exijam paciência.
Como cultivar o Animus:
- Exercitar a parceria nas relações, se aproximar verdadeiramente das pessoas.
- Promover a organização da casa, do trabalho, da agenda.
- Buscar a realização profissional
- Buscar o espiritual
- Estudar ciência, matemática, filosofia, história
- Cultivar a fantasia ativa – experimente escrever para seu animus
- Procurar o encontro com seu Eu
- Trabalhar com a terra
- Estudar de forma sistemática
- Trabalhar com atividades que exijam prazo
- Iniciar um projeto pessoal por menor que seja
http://www.antroposofy.com.br/wordpress/o-homem-e-a-mulher-o-animus-e-a-anima/#sthash.QeovIJSH.dpuf