O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), defendeu a realização de um plebiscito para que os cidadãos brasileiros decidam sobre a elaboração de uma nova Constituição, sob o argumento de que a Carta Magna transformou o Brasil em um “País ingovernável”.
O deputado, que representa os interesses do governo federal na Câmara dos Deputados, disse que a Constituição afirmou que o Brasil hoje tem uma “situação inviável orçamentariamente”. “Não temos mais capacidade de pagar nossa dívida, os juros da dívida não são pagos há muitos anos, a dívida é só rolada e com o efeito da pandemia cresceu muito, e esse crescimento nos coloca em risco na questão da rolagem da dívida”, disse. Emendas à Constituição, segundo ele, não são o suficiente.
Conhecido crítico à Operação Lava Jato, Barros acrescentou que, apesar de ser um desejo dos brasileiros, o combate à corrupção não pode ser feito “cometendo crimes”. O deputado disse também ser a favor do parlamentarismo. “Seria um regime de governo muito mais efetivo, que nos permitiria ajustar rapidamente as crises, retomar mais rapidamente o rumo quando existe um impasse mas vamos ainda lutar por isso”, disse.
Já o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro, rebateu afirmando que "o que dificultou a governabilidade do Brasil nos últimos anos foi a corrupção desenfreada e a irresponsabilidade fiscal, não a Constituição de 1988 nem a Justiça ou o Ministério Público".
Rodrigo Maia afirmou que o caminho para solucionar os problemas do país é a realização das reformas por meio de emendas e não escrever uma nova Constituição.
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal ministro Ayres Brito disse que o país se torna ingovernável quando se dá as costas para a Constituição.
O ministro Carlos Velloso, que também presidiu o Supremo, disse que é um "golpe" defender agora uma assembleia constituinte".
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