7 de out. de 2015

APRENDA A RESPEITAR OS LIMITES DO CORPO


APRENDA A RESPEITAR OS LIMITES DO CORPO
Pergunta a Osho: "Fico doente com muita facilidade e acho que isso tem relação com o fato de me esforçar demais. Quando isso acontece, não me sinto mais conectado ao meu centro e o corpo adoece."
Todo mundo tem de entender o funcionamento do próprio corpo. Se está tentando fazer algo além do que o seu corpo pode tolerar, mais cedo ou mais tarde ficará doente.
Existe um limite para o que você pode impingir ao corpo, então chega o momento em que ele não aguenta mais. Pode estar trabalhando demais. Para as outras pessoas, pode não parecer que você está trabalhando tanto, mas isso não interessa. O seu corpo não aguenta tanto esforço, você tem de descansar.
E o resultado final será o mesmo. Em vez de trabalhar por duas ou três semanas e depois descansar durante um período equivalente, trabalhe por seis semanas seguidas, mas reduza o esforço pela metade... é simples aritmética.
E é muito perigoso trabalhar demais porque pode prejudicar muitas coisas frágeis no corpo - você se sobrecarrega de trabalho e depois fica exausto, deprimido, se joga na cama e se sente mal com relação a todas as coisas.
Reduza o ritmo, vá mais devagar em tudo o que fizer.
Por exemplo, pare de andar do jeito que anda.
Ande devagar, respire devagar, fale devagar.
Coma devagar: se você costuma levar 30 minutos para fazer uma refeição, leve 40 minutos.
Tome banho devagar: se está acostumado a tomar banho em 10 minutos, prolongue o banho por 30 minutos.
Não estou falando apenas de seu lado profissional. Nas 24 horas do dia, tudo tem de ser reduzido, o ritmo tem de voltar para o mínimo, para a metade. Tem de ser uma mudança em todo o padrão e estilo de vida.
Fale mais devagar, leia mais devagar, pois a mente tende a fazer tudo de uma determinada maneira. A pessoa que trabalha muito lê rápido, fala rápido, come rápido - é uma obsessão. Seja lá o que estiver fazendo, ela o fará rapidamente, mesmo quando não houver necessidade. É o seu mecanismo automático e passa a ser uma característica quase inerente.
Pare com isso.
De hoje em diante, reduza tudo pela metade.
Levante-se devagar, ande devagar.
E isso também lhe dará uma consciência maior, pois, quando fizer alguma coisa mais lentamente, ficará alerta ao que está fazendo. Quando move a mão depressa, faz o movimento de forma mecânica.
Se quiser ir mais devagar, terá de fazer isso conscientemente.
Não é uma questão de falta de capacidade, é uma questão de ritmo.
Cada pessoa possui seu próprio ritmo e tem de se movimentar de acordo com ele. Você pode trabalhar o suficiente obedecendo a esse ritmo, e acho até que poderá trabalhar mais. Depois que chegar ao seu ritmo certo, conseguirá fazer muito mais.
Seu trabalho não será febril, transcorrerá de um jeito muito mais suave e você será capaz de produzir mais. Existem pessoas que trabalham devagar, mas essa lentidão tem suas qualidades. E, na verdade, são as melhores qualidades. A pessoa que trabalha rápido pode ser quantitativamente melhor. Consegue produzir mais, mas, qualitativamente, nunca será muito eficiente.
A pessoa que trabalha devagar faz as coisas com mais qualidade.
Toda a energia dela flui numa dimensão qualitativa.
A quantidade pode não ser grande, mas não é o importante.
Se você puder fazer poucas coisas, mas bem-feitas, quase perfeitas, se sentirá muito feliz e realizado. Não há necessidade de fazer muitas. Se conseguir até mesmo fazer uma única coisa que cause extremo contentamento, isso basta; sua vida estará preenchida.
Não existe o que as pessoas chamam de natureza humana. Existem tantas naturezas humanas quanto existem seres humanos, por isso não há critério. Uma pessoa corre velozmente, a outra anda devagar. Não se pode comparar as duas, porque estão separadas, ambas são totalmente únicas e individuais. Portanto, não se preocupe com isso.
Essa preocupação vem da comparação. Você vê que alguém está trabalhando duro e não precisa dormir, enquanto você faz uma só coisa e precisa ir para a cama. Por isso se sente mal, acha que não tem a capacidade que deveria.
Mas quem é essa outra pessoa e como é possível comparar-se a ela?
Você é você e ela é ela.
Se ela for obrigada a diminuir o ritmo, pode ficar doente. Ela estará indo contra a natureza dela. O que você está fazendo é ir contra a sua natureza - portanto, fique atento à sua essência.
Sempre ouça seu corpo.
Ele sussurra, nunca grita, porque não pode gritar.
Ele transmite suas mensagens sussurrando.
Se você ficar alerta, será capaz de entendê-lo.
E o corpo tem uma sabedoria só dele, muito mais profunda que a da mente.
O corpo ainda detém o controle de todas as coisas básicas. Só as coisas inúteis foram atribuídas à mente: pensar. Pensar sobre filosofia, sobre Deus, sobre o inferno e sobre a política.
As funções mais básicas - respiração, digestão, circulação do sangue - estão sob o controle do corpo, enquanto apenas os luxos foram dados à mente.
Ouça seu corpo e nunca faça comparações.
Nunca antes existiu alguém como você e nunca existirá.
Você é absolutamente único -no passado, no presente e no futuro.
Não é possível comparar-se com alguém e também não é possível imitar outra pessoa.

OSHO - Corpo e Mente em Equilibrio


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