Jesus disse:
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”
Eu digo: Primeiro aprenda sobre si mesmo, depois aprenda o que é amor, e por último aprenda quem é o teu próximo. Se você não se relaciona bem consigo mesmo, então esqueça todo o resto, pois não vai te servir pra nada. Amar o próximo como a si mesmo é uma frase bonita para o simplista mas vazia de sentido e inútil para aquele que usa a razão e sabe que esta frase atribuída a Jesus Cristo não condiz com Suas ações e intenções.
Confúcio ensinou o que é AMOR e o que é PAZ, antes de falar sobre AMOR e PAZ. E Ele ensinou isto em cada gesto, cada palavra e cada ação 500 anos antes de Cristo. A Paz não deveria ser o fim último, mas o primeiro.
Não se pode aprender ou conhecer a si próprio sem o uso da razão. Para isto é necessário honestidade para com os próprios pensamentos, investigar e estudar ações e reações diante dos acontecimentos. Se não somos capazes de discernir entre o bem e o mal, ou entre o bom e o ruim, não aprendemos e sendo ignorantes sobre nós mesmos somos também incapazes de dirigir a nossa própria vida com eficiência, nos tornamos imaturos, medrosos, covardes, dependentes e, portanto, alvos fáceis e vítimas do sistema. Para dirigir bem a nossa própria vida temos que ter o mínimo de conhecimento do que seja virtude, verdade, justiça e principalmente respeito aos princípios básicos e fundamentais. A convivência com as nossas fraquezas e deficiências, quando são reconhecidas como tais nos fará encontrar meios para nos aprimorar e, aparando as arestas, encontramos coragem para enfrentar os nossos medos.
O amor não pode coexistir com a debilidade ou desarmonia interior. O AMOR é um sentimento pleno de bem estar consigo mesmo e determinante no relacionamento entre o eu e o outro e entre o eu e o mundo. Só saberemos o que é o amor, quando deixamos de confundir o ter com o ser. Neste momento, sentimos que as nossas necessidades são menores e passamos a ser mais livres e, sendo livres, não bajulamos ou nos encantamos com vestimentas ou o brilho do ouro ou status social. O nosso próximo deixa de ser pra nós um degrau, uma escada, passando a existir e a ser aceito como ser humano e como pessoa.
As metas e desejos daqueles que estão envolvidos pelas trevas da noite estão sempre vinculadas ao seu entendimento deficitário do que seja luz e, neste caso, para conseguir alcançar o que eles consideram sucesso ou conquista O AMOR deve ser banido. necessário matar o AMOR. Para os medíocres o AMOR é um sentimento que atrapalha a sua subida social, política ou a obter um lugar de destaque na sociedade. O seu entendimento sobre o que seja felicidade é tão deficiente quanto o seu entendimento do que seja luz.
Nem todos têm a coragem de olhar para si mesmos, investigar e descobrir as conexões ruins e improdutivas conectadas á sua vida. E, se por acaso descobrem, falta a coragem para combatê-las ou afastá-las porque para quem nasceu e viveu a maior parte da sua existência como escravo, a liberdade assusta. Principalmente porque ser livre implica responsabilidade. Nas igrejas nos ensinam a fugir do mundo, e fugindo, odiando o mundo e tudo o que nele há, odiamos a nós mesmos, nos afastamos da nossa própria essência e aceitamos como normal viver dentro de um curral ou redil.
Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. João 2:15
O mundo nos ensina, pessoas com pensamentos diferentes do nosso nos ensinam, entrar pela porta larga amplia a nossa visão do mundo e se todos tirarem os seus joelhos do chão e erguerem as suas cabeças as religiões estariam condenadas a desaparecer. Por isto e só por isto, somos incentivados a fugir do mundo. Se conhecemos o mundo, ampliamos o nosso espaço de observação, algo terrível e assustador para quem nunca se atreveu quebrar as correntes e sair da senzala . E é por isto que os religiosos são ensinados a odiar a ciência ou qualquer veículo que o faca entender que ele é capaz e pode pensar por si mesmo. Tem pessoas que vivem sem uma crença ou deus mas eu não vejo ou ninguém vivendo sem ciência. Mas mesmo assim a ciência é combatida como algo perigoso e os cientistas ou estudiosos como inimigos. Abominam a ciência, mas eu nunca vi ninguém jogar o seu computador ou celular no lixo e ir viver em cavernas. Dependem da ciência para curar as suas dores, vão a hospitais quando estão doentes e nunca questionam se quem está salvando a sua vida é ou não um ateu ou homossexual, pessoas que eles são ensinados a odiar e discriminar. Isto chama-se “cuspir no prato que comeu”, ignorância e hipocrisia. Enfim, são covardes demais para mudar aquilo que está estabelecido como verdade, uma verdade instituída e inculcada que os afasta do mundo e do conhecimento do mundo. Desprezando o mundo, desprezam o seu próximo e desprezam a vida. Desprezando o seu próximo e a vida, desprezam a si mesmos ignorando o verdadeiro significado de existir e ser.
Na realidade, a maioria das pessoas não amam coisa nenhuma ou pessoa nenhuma. São infelizes e se arrastam pela vida por não conseguirem encarar os seus temores e inseguranças; se escondem atrás de uma denominação ou instituição assumindo os seus dogmas com unhas e dentes, nunca procurando em si mesmos a sua verdade própria e, fazendo isto, se auto destroem e também os seus.
Como então vamos amar o próximo como a nós mesmos? Nós não nos conhecemos, não temos uma identidade própria e passamos a vida fugindo do mundo real. Só podemos amar e escolher o AMOR quando conseguimos entender o que é o ÓDIO. A luz só existe e pode ser identificada como luz quando conhecemos as trevas. Assumindo o imaginário e invisível como razão da nossa existência em detrimento de qualquer pensamento contrário estaremos destruindo qualquer possibilidade de contrução do bem estar e harmonia em nós mesmos e no mundo. Pessoas doutrinadas não se atrevem, não duvidam; não duvidando não investigam e não investigando, não aprendem. Vivem num círculo composto por pessoas iguais e que pensam da mesma forma e pior, julgam-se sábias e portadoras da verdade. Verdade esta, que não foi construída a partir do conhecimento, mas aceita, baseada na fé e assumidas de forma pronta e acabada.
O religioso é irresponsável. Toda a responsabilidade é de Deus para as coisas que ele considera boa, e do diabo para as coisas que ele considera ruins. Agindo desta forma, ou acreditando nisto, ele não assume responsabilidades. E se ele não é responsável, ele não decide e, não decidindo, não tem o poder de escolha, o que ele chama de livre-arbítrio. Toda a sua vida se baseia em hipocrisia e mentiras, que ele chama de verdade e, verdade esta, que também não vem de si mesmo, mas de Deus ou de homens que se dizem representantes deste Deus. E eles dão a estes homens o poder de decidir por eles, tudo em suas vidas, inclusive a sua vida sexual, a quem eles devem amar e quem eles devem odiar, como vestir, como servir, a quem servir, a quem adorar, como adorar, assim como prestar homenagens e dando a outra face aos inimigos. As consequências deste comportamento, ou aceitação desta verdade nunca questionada, é desastrosa afetando as suas relações familiares e toda a sociedade.
Todos os religiosos são também, pedintes, e isto porque aprendem com seus mestres, também pedintes. É mais fácil pedir do que levantar as mangas e lutar por direitos e deveres. São esmoleiros e pedem tudo o que desejam julgando que tudo o que têm ou que possuem veio ou tem que vir de fora dele mesmo, e assim, pedem para Deus, para imagens de barro ou metal, para outras pessoas e para o governo. Não lutam por seus direitos porque julgam não ter direitos. Deus é pai, o governo é pai e tudo o que possuem vem da graça e da boa vontade do pai. Eles não ter direitos, e não tendo direitos ou conhecendo os seus direitos, não tem também deveres ou compromissos a não ser adorar, rezar, participar de cultos e esperar por milagres. Se sentem culpados, inferiores e precisam ser perdoados e salvos de si próprios e de suas fraquezas que chamam de pecados. Como eles não tem consciência de si próprios e não conhecem a si mesmos, o amor e o próximo são só uma idéia vaga, construída em sua mente e de acordo com a conveniência do sistema religioso ao qual eles pertencem. Vivem de seguir rituais que os afastam ainda mais da vida e do mundo. É muito mais importante adorar do que amar, temer e obedecer do que construir os seus próprios conceitos e definições sobre o sentido da vida. São ensinados a obedecer , mas sobre AMAR o seu próximo eles não tem a mínima noção.
Para entender o amor e o que é amar teríamos primeiro que entender que o próximo mais importante na nossa vida é o próximo mais próximo, membros da nossa família. Só a sinceridade dos pensamentos nos ajudaria a aperfeiçoar os nossos relacionamentos. Mas o que é sinceridade? Como saber sobre sinceridade quando somos treinados desde sempre a ser hipócritas?
Jesus nos ensinou realmente o que é o amor? Jesus amou? Ele foi amado? Ele nos ensinou realmente a amar a nós mesmos e ao nosso próximo? O que realmente Jesus nos ensinou? Qual religioso seria capaz de pegar a sua bíblia, ler e interpretar os ensinamentos de Jesus com imparcialidade, usando a razão?
Vamos analisar algo do que Jesus realmente nos ensinou:
Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. João 15:6
Vemos neste texto que ele ameaça aqueles que não o seguem ou que não acredita nele. Será que poderíamos chamar isto de AMOR?
Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito João 15:7
Aqui também não vemos AMOR ou RESPEITO. Jesus nos ensina a ser pedintes e nossos pedidos só serão atendidos se estivermos Nele, se o aceitarmos. Ele usa de chantagem para obter o que deseja. E como somos obrigados a seguí-lo, está anulado o conceito do “Livre-arbítrio”. Se não temos escolha não crescemos, nunca entenderemos o que é o verdadeiro AMOR ou RESPEITO ao próximo. Aos pais religiosos é ensinado que devem agir da mesma forma com os filhos e que é bom ser chantagista e pedinte. Pedir esmolas ao invés de aprender e conquistar por si mesmo. Seguindo Jesus os pais devem ensinar os filhos a se tornarem dependentes e fracos, nunca confiando em sua própria capacidade para conseguir ou conquistar o que desejam. Jesus ensina os seus seguidores a ser perdedores esvaziando o sentido da frase: “Amar o próximo como a si mesmo”. As Suas ações e ensinamentos são contraditórios.
Jesus, porém, disse-lhes: Em verdade, vós bebereis o cálice que eu beber, e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado; Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; Marcos 10:39 e Romanos 6: 3-4
“Bebereis do cálice que eu beber”. O que significa isto? Imagine um pai que sofreu um acidente e perdeu uma perna e um braço. O filho deve sofrer a mesma violência? Beber do mesmo cálice ou ter a mesma experiência que o pai teve? Imagine uma mãe que foi estuprada, ou sofre violência doméstica. A filha deve beber do mesmo cálice? Será que quem AMA exige isto de um filho ou filha, ou seja, que eles bebam do mesmo cálice? Ou quem AMA quer para o filho ou filha uma vida melhor e mais feliz? Isto é AMOR ou ÓDIO? E isto é ensinado nas igrejas todos os dias. Seguir Jesus é carregar a sua cruz e, se necessário, morrer por Ele ou como ele morreu.
O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. João 15:12
Amar uns aos outros como Jesus nos amou é o mesmo que seguir o exemplo de amor ensinado por Ele. Um amor tirano e que maltrata, submete o outro, deixa este dependente, escraviza, usa de chantagens e ameaças para conseguir obediência e respeito. É desta forma que se deve, não educar, mas adestrar os filhos.
Vamos analisar o comportamento das famílias muito religiosas e que frequentam templos ou igrejas com regularidade. O que podemos observar nestas famílias? Que tipo de frases são constantemente repetidas aos seus filhos? Que tipo de valores são passados a estas crianças? São famílias felizes e bem estruturadas?
Toda família religiosa cristã é aconselhada e ensinada a seguir Jesus e a amar o seu próximo como ele amou o seu próximo. Vejamos os exemplos abaixo de amor ao próximo que nos foi ensinado:
Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram, e estão lá fora. E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porquanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe. Marcos 3:31-35
E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo?
[…] uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste. Mas ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam. Lucas 11:27-28.
E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos. Mateus 8: 21-22
Nestas passagens acima, podemos ver que nem os irmãos e nem a mãe significavam coisa alguma para Jesus. O ventre que Ele cresceu ou os peitos que o amamentaram não são bem-aventurados. Da mesma forma os familiares do seu próximo NÃO significavam coisa alguma. E a intenção é esta mesmo. Que todos aprendam que o que realmente importa são as coisas religiosas e relacionadas a Deus. Ele se mostra insensível com a dor do seu discípulo que queria sepultar o pai. “Deixar que os mortos sepultem seus mortos” é o mesmo que deixar os mortos apodrecerem ou serem comidos pelos bichos, não importando se este morto foi seu pai ou sua mãe. Deus, no Velho Testamento, mandava que matassem os membros da própria família e vizinhos também, como podemos ver:
Assim diz o Senhor Deus de Israel: Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a seu vizinho. Os filhos de Levi fizeram conforme à palavra de Moisés; e caíram do povo aquele dia uns três mil homens. Porquanto Moisés tinha dito: Consagrai hoje as vossas mãos ao Senhor; porquanto cada um será contra o seu filho e contra o seu irmão; e isto, para que ele vos conceda hoje uma bênção. Êxodo 32: 27-29
Quando Jesus alerta para o fato de que “qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe.” Ele está dizendo que não importa qual seja a vontade de Deus, é preciso obedecer. Mesmo que a vontade de Deus seja assassinar membros de sua própria família ou os seus vizinhos, é preciso obedecer. Na época da Inquisição pais entregavam filhos, filhos entregavam os pais e vizinhos entregavam vizinhos para serem torturados ou queimados vivos na fogueira. Quem conhece história não duvida de que isto pode voltar a ocorrer, mas se analisarmos os relacionamentos familiares dos “muito religiosos e fiéis” veremos que todos os atritos familiares e desamor tem como raiz estes ensinamentos, constantemente reforçados pelas religiões.
Concluindo:
“amar o próximo como a si mesmo” é algo que nunca vai ser ensinado dentro de nenhuma igreja ou templo e principalmente, por nenhuma religião. Quando amamos ou sabemos o que é amor, não discriminamos ou confundimos ou nomeamos as pessoas usando números ou denominações. Não as dividimos em classes, castas, cor, estado evolutivo, opção sexual, nível educacional, etc. Pessoas são pessoas, simplesmente humanos e não existem humanos de cima e humanos de baixo como ensina Jesus e como ensinam os espíritas também quando dividem as pessoas em evoluídas e não-evoluídas, classificando brancos albinos como evoluídos (Raça Adâmica de Kardec) e todo o resto como não-evoluídos. O mesmo fazendo Chico Xavier quando inventou Públio Lêntulo e retrata Jesus como sendo branco.
Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. João 8:23
Analisem o texto abaixo e tirem as suas próprias conclusões:
Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam;
Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam.
Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses; Lucas 6:27-29
https://jarconsian.wordpress.com/2014/04/13/jesus-nunca-nos-ensinou-amor-ao-proximo-mas-a-odiar-o-nosso-proximo/