28 de set. de 2015

Crenças limitantes


"Não estou aqui para convencê-los sobre coisa alguma. Não estou aqui para lhes dar um dogma, uma crença para viver. Estou aqui para tirar todas as crenças de vocês porque somente assim a vida acontecerá a vocês. Não estou dando algo para que vocês vivam através disso, estou simplesmente tirando todas as escoras de vocês, todas as muletas."
( Osho )
Seria algo parecido como ficarmos sem os pés no chao. Antes da plenitude do Nada te absorver, voce se sentir arrancado do meio no qual voce viveu durante toda vida. Que por mais problemas e traumas que tenham te provocado, ainda era tua referência de segurança. Nem que fosse alguma segura reclamação de toda uma vida. Era em tudo isso que voce se apoiava, que voce se dericionava em cada atitude feita. Fosse ela boa ou ruim, que errasse ou acertasse. Tinha todas tuas escoras para voce se manter firme.
Foi desse jeito que Osho me deixou no espaço tempo inicial do nosso encontro nessa dimensão. Além da familia, amigos e meio social em que vivia. Tinha uma referência religiosa que sempre foi absoluta e certa na minha vida. Nome de religiao, mandamentos que seguia a risca. Nnca consegui ser falsa como uma religiosa, Vivia o cristiaismo por vinte e quatro horas por dia, Publicamente ou apenas sozinha, meus atos sempre foram verdadeiros com o que acreditava e falava para as pessoas que convertia. Até um Deus com nome e forma eu tinha, absolutamente seguro em todo meu ser. Fosse no passado, presente ou futuro..
Até que apareceu Osho e todo seu nada para me mostrar. Me fazer perceber entre tantos conhecimentos e explicações que sempre julguei ser essencial saber na minha vida de sincera pecadora sedenta de perdao e de recompensas divinas. Que existia algo oculto que eu nunca tinha conseguido perceber.
O período que fiquei sem esse Deus que me acompanhou por toda vida, sempre partindo da Biblia Sagrada onde eu me sentia mais próxima Dele, foi o período mais devastador da minha vida. Me sentia na obrigação de voltar para esse Deus com toda sua identificação e minhas antigas referências pessoais. Mas tinha todo um vasto Universo que se abriu diante de mim, Como se um novo céu fosse rasgado, podendo me fazer perceber algo maior e mais intenso que aquele Deus limitado de todos meus ensinamentos. Experiências de Satoris mais certos e reais que todas promessas e relatos sobre milagres que algum dia li e me emocionava ao falar para outros.
O Nada que tanto Osho fala me chegou sorrateiramente e sem necessidade de me curvar a novos ensinamentos. Sem precisar negar toda minha vida de religiosa. Nao tive que condenar nada, apenas aceitar ainda mais a vida.
Minhas seguras escoras foram ficando para tras, sem me fazer falta na seguranca de nada precisar explicar ou provar sobre essa nova Raquel.
Do Deus personificado veio toda essa percepção de uma Divindade interior e que toma conta de todo espaço onde possa estar.. Ainda nada mais próxima Dele em tudo que faço. Principaalmente no nada de tudo que sinto.
Grata por um dia esse Nada do Osho ter me retirado tudo. Me deixando sem nada.
Nunca poderia ser mais feliz e me sentir mais segura na vida.
Namaste
~ Raquel Santana


Um comentário:

  1. Raquel, Legal encontrar seu blog, vi que já leu Pensar Compulsivo, já li muito também, participei no Paltalk quando tinha a sala que falava sobre Krishnamurti.
    Grato pelas mensagens, tenho um blog também, mas está devagar, fui teólogo e pastor por 11 anos e fazem uns 9 anos que me tornei cético e leitos de Krishnamurti e Osho. Prazer em achar um pouco de vc aqui. Grande abraço.

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