4 de jun. de 2015
Saindo da crise
Assim como uma lanterna não projeta luz sobre si mesma, ou como o olho não vê a si próprio, não podemos achar que sairemos da crise pensando sobre como sair dela, pelo simples fato de que este "pensar sobre" já é contaminado com tudo aquilo que nos colocou nesta crise. Refiro-me a distorções da realidade, crenças limitantes, formadas a partir de julgamentos, preconceitos, comparações, conclusões, apegos, desejos, repulsas, medos, enfim, esse ranço mental fragmentário que é a verdadeira natureza de toda crise. Essa é a real crise, e é necessário nos LIBERTAR dela. Essa identificação com opiniões, com ideologias, com o que se pensa sobre as coisas, é o conflito central que gera todos os outros, pois é justamente o que nos divide. É estrutural. Observarmos e compreendermos a estrutura do pensar e a maneira como estamos acorrentados a ele – ao intelecto – difere de nos apegar às ideias pensadas como soluções para os problemas criados por esse mesmo apego. Existe uma inteligência, uma linguagem universal que nos devolve a percepção de unicidade, e que faz uso do intelecto apenas para se expressar neste mundo. Isso é diferente de viver preso ao intelecto, resistindo à existência desta inteligência, embora querendo desfrutar da Paz que só pode vir como sintoma de estarmos abertos para Ela.
Luiz Rocha
http://pensarcompulsivo.blogspot.com.br/
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