O que somos na verdade? Onde começa o ser humano e onde começa a sociedade?
Sei que vivemos condicionados… somos produtos do sistema, alienados,
cegos, seguindo conceitos que nem sabemos de onde saiu… O que somos na
verdade? apenas produto do meio? neste caso é o que parece, não existe
mais nada? Onde começa o ser humano e onde começa a sociedade? Sei que é
uma questão muito antiga, mas queria ouvir de vc.”
– Nenhum de nós é
absoluto. Convivemos com nossos limites (ainda que nos posicionemos
muito aquém deles) e não temos plena consciência de até onde respondemos condicionamentos ou agimos em liberdade. As fronteiras são sutis, quase imperceptíveis na maioria das vezes.
Por mais “despertos” que estejamos, continuamos expostos à nossa
própria dualidade, à contradição que nos habita, carne, espírito, mente,
consciência, corpo, sangue, ossos e a natureza que anseia a
transcendência, em conflito, inquietude, buscando sem saber que busca,
querendo sem a consciência do que quer.
Isso faz parte da natureza
humana e por alguma razão carregamos em nós, sempre, o rescaldo de um
combate de mundos, espirito, corpo, consciência, mente, até que a
pergunta, essa que você me fez, nos obrigue a pararmos, questionarmos e
encararmos a resposta com coragem, especialmente porque ela é
individual:
“Onde EU começo como ser humano e onde a sociedade começa em MIM?”. “O que SOU na verdade, apenas produto do meio?”.
Trata-se de uma questão individual porque quanto mais se enxerga,
quanto mais se questiona, quanto mais percebe, mais claro que vivemos na
"caverna de Platão", em um mundo de sombras, ecos, reflexos e
condicionamentos.
Afinal, onde começa o ser humano e onde começa a sociedade?
A consciência é a fonteira. A sua consciência.
Nossa natureza humana reflete a sociedade e vice versa. Nos
influenciamos de formas absolutamente sutis, subliminares, é difícil
identificar a fronteira, mas, acredite, é possível.
A resposta mora
em cada mundo, em cada sociedade, em cada universo que nos habita, que
somos nós e se completa em cada escolha, em cada movimento de
consciência.
Até que deixemos de ser, um a um, produtos do sistema,
cegos, seguindo conceitos que nem sabem de onde vem, até que,
caminhantes, pacientes, nos enxerguemos e conheçamos quem de fato somos,
nossa própria verdade, a verdade que finalmente nos libertará.
Flávio Siqueira
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