E a biologia sintética continua avançando. O pessoal do MIT, em Boston, desenvolveu um dispositivo que grava as memórias das células. O objetivo do experimento é capturar estímulos recebidos e enviados por tipos diferentes de células e escrevê-los em cadeias de DNA para determinar as mudanças que uma célula provoca e recebe do ambiente ao seu redor. Isso mesmo: uma célula pode ser lida como um pendrive através do DNA.
A conquista abre uma ampla gama de possibilidades. Os próprios pesquisadores citam a possibilidade do desenvolvimento de células que reajam a estímulos específicos; bem como detectar a mutabilidade de uma célula a partir dos trechos de DNA que são modificados durante um experimento. A novidade, inclusive, contribui para o avanço de pesquisas com células-tronco; já que permite que grupos celulares tenham suas memórias e desenvolvimento gravados, diminuindo as chances de rejeição quando aplicadas em um paciente.
Como se trata da gravação de memórias de uma célula, já não é mais tão ficção científica imaginar as aplicações dessa técnica na preservação de memórias de pessoas e animais. É um passo importante para que um dia as ciências forenses, por exemplo, possam ler as memórias de vítimas. Claro que pra isso acontecer, não só o método de gravação precisa avançar mais, como também o de leitura, né? Mas sim, já ficou mais fácil de imaginar :P
Enquanto isso ficamos daqui registrando nossas memórias em blogs, diários, vlogs e tudo mais. Tem dado certo, então pra que ficar sentado esperando o surgimento do MLOG (nome recém inventado para o que seria um Mental Log, assim como já existe Weblog, Videolog, Fotolog… ah vá. Não foi tão ruim assim hahah).
Fonte: Science Magazine
+Como o cérebro apaga memórias antigas?
+Revelação de impressão digital
http://www.manualdomundo.com.br/2014/11/memorias-de-uma-celula/
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