8 de fev. de 2016

A VIDA COTIDIANA DOS EGÍPCIOS

A maior parte da população egípcia morava em pequenas cabanas feitas de junco, madeira e barro. As casas eram construídas nos locais mais elevados, para não serem atingidas pelas inundações. Essas casas, além de fornecer abrigo nas noites frias, protegiam das tempestades de areia. Nas épocas de muito calor, as famílias procuravam locais mais elevados para tomar ar fresco e fugir do mormaço do interior das casas.
A casa dos camponeses era simples, geralmente com uma única divisão e quase sem móveis. Os camponeses possuíam apenas algumas esteiras, alguns utensílios de cozinha e alguns vasos. Como não havia talhares, as pessoas comiam com as mãos.
As casas dos egípcios mais ricos eram confortáveis. Feitas com tijolos de barro secos ao sol, elas eram bem decoradas e mobiliadas. Possuíam camas, mesas, cadeiras, e os bancos tinham assentos de couro ou de palha. Mesmo as casas de alguns artesãos, que não eram ricos, eram bem melhores que as casas dos camponeses.
A alimentação dos egípcios consistia de pão, cebola, alho, favas, lentilhas, rabanetes, pepinos e, às vezes, peixe. Essa alimentação era regada por cerveja não fermentada. Os pobres só comiam carne e frutas nos dias de festas. O vinho só aparecia na mesa dos ricos, que, além dos alimentos citados, consumiam frutas, queijos e carnes de animais domésticos e selvagens.
Em suas atividades de caça e pesca no Nilo, os egípcios navegavam em pequenas e frágeis embarcações feitas de feixes de papiro atados. Os pescadores trabalhavam em grupos e utilizavam enormes redes. Os nobres, porém, pescavam só por diversão, com auxílio de lanças.
Os camponeses e artesãos vestiam-se apenas com um pedaço de tecido, colocado em forma de tanga em volta da cintura. As mulheres usavam uma longa túnica e os meninos geralmente andavam nus. Os ricos usavam trajes mais requintados. Os nobres, por exemplo, usavam um saiote pregueado e suas mulheres, vestidos bordados com contas.
Nas cerimônias, tanto os homens como as mulheres usavam pesadas perucas. Além disso, independentemente de idade ou sexo, os egípcios gostavam de usar imensas jóias – tiaras, brincos, colares, anéis, braceletes e pulseiras. Essas jóias podiam ser de ouro, prata, pedras semipreciosas, contas de vidro, conchas ou pequenas pedras polidas de cores bonitas.
Os egípcios tinham ainda seus jogos e divertimentos. Os jovens nobres, por exemplo, costumavam sair em carros puxados por cavalos para ir ao rio pescar, apanhar aves ou caçar hipopótamos e crocodilos.
A luta e a natação eram os esportes mais populares. Os barqueiros costumavam formar equipes e fazer competições no rio. Nessas ocasiões iam armados com paus a fim de derrubar seus adversários na água.
Os egípcios apreciavam muito os jogos de tabuleiro. Esses jogos assemelhavam-se aos jogos de xadrez e de damas que conhecemos hoje.
As crianças egípcias também tinham seus jogos e brinquedos. Gostavam muito de dançar, disputar jogos de equipe, e brincar com bonecas e bolas.
           
AS MULHERES NA SOCIEDADE EGÍPCIA
Os relevos e pinturas dos túmulos fornecem imenso e importante material para se estudar a vida cotidiana dos amigos egípcios. Apesar de os grandes túmulos terem pertencido apenas aos membros dos grupos sociais mais ricos, algumas cenas de seu interior permitem-nos lançar um olhar sobre o cotidiano de grande parte da população.
As informações transmitidas por estas cenas podem ser complementadas por objetos de uso diário, que eram muitas vezes sepultados com seus proprietários. Os textos literários e administrativos são também importantes.
Assim, é possível conhecer um pouco o papel das mulheres no Egito Antigo analisando a decoração dos túmulos. Nessas cenas, a esposa ou a mãe do proprietário do túmulo têm maior destaque. Em geral, as duas aparecem vestidas de forma simples, mas elegante, sentadas comodamente com o homem à mesa de oferendas. Por vezes, elas acompanham o homem quando ele observa cenas de trabalho.
No outro extremo, encontramos as mulheres ocupadas em trabalhos servis, fazendo pão e cerveja, fiando ou tecendo. São atividades feitas, provavelmente, em aposentos domésticos de uma casa mais rica.
A cor amarelada da pele das mulheres indica, entre outras coisas, uma menor exposição ao sol do que a dos homens, representados com aparência mais avermelhada. Isso sugere uma reclusão maior da mulher.
É possível que não fosse seguro para elas se aventurarem pelos espaços externos. Um texto de Ramsés III afirma: "Tornei possível à mulher egípcia seguir seu caminho, podendo as suas viagens prolongar-se até onde ela quiser, sem que qualquer outra pessoa a assalte na estrada", o que implica não ter sido sempre este o caso.
Nos túmulos mais antigos as mulheres estão ausentes dos trabalhos de maior destaque e das diversões mais agradáveis. Para além das cenas de tocadoras de instrumentos e de dançarinas acrobáticas, o papel das mulheres neste período parece ter sido muito restrito.
As mulheres não tinham quaisquer títulos importantes e, à exceção de alguns membros da família real e das rainhas, dispunham de pouco poder político.
O titulo que detinham em geral era o de senhora da casa. Quase todas eram analfabetas.
http://www.sohistoria.com.br/ef2/egito/p5.php




Lista de 9 mulheres faraós do antigo Egito

9-Nitócris foi, segundo Heródoto, a única mulher a reinar no Egito.
Heródoto, em suas investigações  no Antigo Egito, recebeu dos sacerdotes uma lista de 330 faraós, dos quais dezoito eram etíopes, e apenas uma era mulher, uma egípcia nativa. Esta rainha tinha o mesmo nome da rainha da Babilônia,que fez grandes obras na Babilônia, e foi mãe do seu último rei.
Nitócris tornou-se rainha após o assassinato, pelos egípcios, do faraó, seu irmão.Ela se vingou dos assassinos, construindo uma câmara subterrânea, chamando-os para um banquete, e fazendo-os morrerem afogados, por uma entrada de água. Para escapar punição, ela se suicidou jogando-se no fogo.
Segundo Manetão, citado por Eusébio de Cesareia, ela foi da VI dinastia egípcia, era a mais nobre e bela mulher de sua época, e construiu a terceira pirâmide. Sua dinastia, da qual apenas ela é mencionada, reinou por duzentos e três anos


8-Tausert ou Twosret foi uma rainha egípcia da XIX dinastia que à semelhança de Hatchepsut governou o Antigo Egipto sozinha. O seu nome significa "A Poderosa".
As informações disponíveis sobre Tausert são escassas. Pensa-se que fosse uma princesa descendente da família de Ramsés II, que como se sabe teve inúmeros filhos das suas esposas e concubinas (supostamente mais de 150). Tausert foi casada com o faraó Seti II, filho de Merneptá. O reinado de Seti II durou seis anos, sugerindo alguns autores que o rei foi perturbado por um usurpador, Amenmosé, descendente de Ramsés II.
Seti II teve três esposas. Com a sua primeira esposa, Takhat II, o rei não teve filhos; com Tausert teve um filho que possivelmente morreu ao nascimento, o príncipe Seti-Merneptá. Com uma mulher síria, Sutailja, Seti II teve Siptah, que apenas governou durante seis anos. As análises à múmia de Siptah revelam que este rei teve uma fraca saúde, possuindo uma perna atrofiada em resultado de poliomielite, sendo provável que o seu reinado tenha sido mais teórico do que efectivo.
Assim sendo, Tausert enquanto "Grande Esposa Real" de Seti II foi regente face à menoridade e fraca saúde de Siptah. Tausert foi auxiliada na sua acção governativa pelo Chanceller Bay, um escriba de Seti II de ascendência síria. Quando Siptah faleceu, Tausert governou ainda durante mais dois anos.
O nome da rainha encontra-se inscrito em monumentos da região do Delta do Nilo, no deserto do Sinai e na Núbia. A sul do Ramesseum, Tausert ordenou a construção de um templo funerário, que foi descoberto por William Petrie.
Pensa-se que Tausert foi inicialmente sepultada no Vale dos Reis, no túmulo número 14 (KV14), um das maiores destanecrópole com 110 metros de comprimento. Este túmulo seria mais tarde apropriado por Setnakht, primeiro faraó da XX dinastia. Dele apenas se preservam uma pequena parte dos tesouros. A múmia da rainha não foi ainda identificada, tendo sido sugerido que os restos de uma mulher encontrados no túmulo número 35 do Vale dos Reis possam ser de Tausert.


7-Merineit, Merneit,  ("Amada de Neit" ) foi possivelmente esposa do faraó Dyet e mãe de Den. É por alguns considerada como a primeira rainha dirigente do Antigo Egito, durante a minoridade de seu filho Den.
Encontrou-se uma rastro com seu nome num túmulo em Umm el Qaab em Abidos. Seu nome também se encontrou num selo no túmulo T de Umm el Qaab, com as dos monarcas da Dinastia I.
É possível que tenha sido ali sepultada, ainda que se acharam restos de sua mastaba em Saqqara.


6-Ah-hotep I foi uma rainha do Antigo Egipto que viveu na época final da XVII dinastia e começo da XVIII, entre cerca de 1570 e 1540 a.C.. O seu nome significa "a Lua está satisfeita".
Trata-se de uma das figuras femininas mais importantes para os soberanos do Império Novo que a olharão como nobre antepassada, à semelhança do que acontecerá com a sua filha, Amósis-Nefertari. Oriunda de Tebas, era filha de Taá I e da rainha Teticheri.
Foi casada com o seu irmão, Taá II, soberano que faleceu nas batalhas que visavam expulsar os Hicsos do território egípcio, como atestam os ferimentos presentes na sua múmia.
Quando o seu marido faleceu Kamés tornou-se o novo rei. Não se sabe se Kamés era filho de Taá II e de Ah-hotep ou se era irmão de Taá II, posição defendida pelo egiptólogo Claude Vandersleyen. Após a morte de Kamés, o filho de Ah-hotep com Taá, Amósis, foi proclamado o novo rei. Dada a sua menoridade (teria cinco ou dez anos) a rainha exerceu funções de regente.
O seu filho Amósis levantou uma estela em sua memória em Karnak, na qual a apresenta como responsável pela pacificação do Alto Egipto e pela submissão dos rebeldes. É provável que a rainha tenha submetido elementos rebeldes que tentariam tomar o poder em Tebas enquanto o seu filho lutava no norte para expulsar os Hicsos.
Ah-hotep foi inumada num túmulo nas colinas de Dra Abu el-Naga, sector ocidental da necrópole de Tebas. A sua múmia foi ali descoberta em 1859 num poço com mais de cinco metros de profundidade por trabalhadores do Serviço de Antiguidades. Os restos da rainha foram perdidos devido ao facto do governador de Qena ter ordenado abrir o sarcófago onde se encontrava a múmia e dela ter retirado as jóias, literalmente reduzindo a múmia a pó.


5-Khentkaus I também conhecido como Khentkawes, era uma rainha do Egito Antigo durante a 4ª dinastia. Ela se acreditava ser a filha do faraó Miquerinos. Também foi descoberto que ela era a esposa de Shepseskaf e mãe de Userkaf. 


4-Sobekneferu, muitas vezes referida como "Neferusobek", que significa "a beleza de Sobek", foi uma faraó egípcia da décima segunda dinastia. Ela governou o Egito por quase 4 anos entre 1806 e 1802 aC. Ela era a filha do faraó Amenemhat III.


3-Hatchepsut ou Hatshepsut foi uma grande esposa real, regente e faraó do Antigo Egito. Viveu no começo do século XV a.C, pertencendo à XVIII Dinastia do Império Novo. O seu reinado, de cerca de vinte e dois anos, corresponde a uma era de prosperidade econômica e relativo clima de paz.

2-Nefertiti (c. 1380 - 1345 a.C.) foi uma rainha da XVIII dinastia do Antigo Egito, esposa principal do faraó Amenófis IV, mais conhecido como Aquenáton.

Raízes familiares

As origens familiares de Nefertiti são pouco claras. O seu nome significa "a mais Bela chegou", o que levou muitos investigadores a considerarem que Nefertiti teria uma origem estrangeira, tendo sido identificada por alguns autores como Tadukhipa, uma princesa do Império Mitanni (império que existiu no que é hoje a região oriental da Turquia), filha do rei Tushratta. Sabe-se que durante o reinado de Amenófis III chegaram ao Egito cerca de trezentas mulheres de Mitanni para integrar o harém do rei, num gesto de amizade daquele império para com o Egito; Nefertiti pode ter sido uma dessas mulheres, que adotou um nome egípcio e os costumes do país.
Contudo, nos últimos tempos tem vingado a hipótese de Nefertiti ser egípcia, filha de Ay, alto funcionário egípcio responsável pelo corpo de carros de guerra que chegaria a ser faraó após a morte de Tutancâmon. Aye era irmão da rainha Tié, esposa principal do rei Amenófis III, o pai de Aquenáton; esta hipótese faria do marido de Nefertiti o seu primo. Sabe-se que a família de Aye era oriunda de Akhmin e que este tinha tido uma esposa que faleceu (provavelmente a mãe de Nefertiti durante o parto), tendo casado com a dama Tié.
De igual forma o nome Nefertiti, embora não fosse comum no Egito, tinha um alusão teológica relacionada com a deusa Hathor, sendo aplicado à esposa real durante a celebração da festa Sed do rei (uma festa celebrada quando este completava trinta anos de reinado).



1-Cleópatra Thea Filopator (em grego, Κλεοπάτρα Φιλοπάτωρ – Cleopátra Philopátor; Alexandria, 69 a.C. — 12 de agosto de 30 a.C.) foi a última rainha da dinastia de Ptolomeu, general que governou o Egito após a conquista daquele país pelo rei Alexandre III da Macedônia. Era filha dePtolomeu Auletes. O nome "Cleópatra" significa "glória do pai", "Thea" significa "deusa" e "Filopator" "amada por seu pai".
A numeração das rainhas do Egito varia conforme o historiador. Por exemplo, E. R. Bevan a numera como Cleópatra VI.
Cleópatra originalmente governou conjuntamente com seu pai Ptolemeu Auletes, e mais tarde com seus irmãos Ptolomeu XIII e XIV, com quem se casou como por costume egípcio, mas, no final, ela tornou-se a única governante. Como faraó, ela consumou uma ligação com Júlio César, que solidificou sua pegada no trono. Mais tarde, ela elevou seu filho com César,Cesário, para co-regente em nome.
Cleópatra foi uma grande negociante, estrategista militar, falava seis idiomas e conhecia filosofia, literatura e arte gregas.

http://didinooz.blogspot.com.br/2015/07/lista-de-9-mulheres-faraos-do-antigo.html




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