21 de nov. de 2015

O homem e a verdade

"Um homem que está em busca da verdade não pensa em termos de felicidade. Sua felicidade ou infelicidade, não é o que interessa. "Eu preciso saber a verdade. Mesmo que seja doloroso, mesmo se ela me levar para o inferno, eu estou pronto para passar por isso. Onde quer que ela me leve, estou pronto para ir até a verdade."
Existem apenas dois tipos de pessoas. Uma delas esta em busca da felicidade, ela é do tipo mundano. Ela pode ir para um mosteiro, mas o tipo não muda: há também o fato de ele estar buscando a felicidade, o prazer a gratificação. Mesmo de uma forma diferente – através de meditação, oração, Deus – ele está tentando tornar-se feliz, cada vez mais feliz. Depois, há outro tipo de pessoa – e existem apenas dois tipos – o que está em busca da verdade. E este é o paradoxo: aquele que procura a felicidade nunca vai encontrá-la, porque a felicidade não é possível a menos que você alcançou a verdade. A felicidade é apenas uma sombra da verdade, não é nada em si – é apenas uma harmonia.
Quando você se sentir um com a verdade, tudo se encaixa, cai junto. Você se sente num ritmo – o ritmo é a felicidade. Você não pode buscá-la diretamente.
A verdade tem que ser solicitada. A felicidade é encontrada quando a verdade é encontrada, mas a felicidade não deve ser o objetivo. E se você procurar a felicidade diretamente você será cada vez mais infeliz. E, além disso, a sua felicidade será apenas como uma bebida alcoólica para que você possa esquecer a infelicidade, apenas isso, você bebe para ser feliz. A felicidade é como uma droga – é como LSD, como a maconha, como a mescalina.
Por que o Ocidente chegou as drogas? É um processo muito, muito racional. Chegou porque na busca pela felicidade uma pessoa chega ao LSD, cedo ou tarde. O mesmo aconteceu antes na Índia. Nos Vedas chegaram ao soma, o LSD da época, porque eles estavam buscando a felicidade, pois eles não estavam realmente buscando a verdade. Eles estavam buscando mais e mais gratificação – então chegaram ao soma. Soma é a droga definitiva. E Aldous Huxley tem chamado a droga final, quando é para ser comparado com alguma coisa no século XXI, ele a chamou Soma. Sempre que uma sociedade, um homem, uma civilização, busca a felicidade, tem de haver com algum lugar para as drogas – porque a felicidade é uma busca por drogas. A busca da felicidade é uma busca para esquecer-se de si mesmo, e é a droga que o ajuda fazer-lo. Você se esquece de si mesmo, então não há nenhuma miséria. Você não está lá, como pode haver miséria? Você está dormindo.
A busca da verdade é apenas a dimensão oposta: sem gratificação, sem prazer, sem a felicidade, mas: "Qual é a natureza da existência? O que é verdade". Um homem que procura a felicidade nunca vai encontrá-la – no máximo ele vai encontrar o esquecimento. Um homem que busca a verdade vai encontrá-la, porque ao buscar a verdade, ele terá que se tornar verdadeiro a si mesmo.


(Osho)




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