7 de jun. de 2016

O absurdo do pecado original


O absurdo do pecado original

[...] Disseram-lhe que você nasceu no pecado. Que estupidez! Que absurdo!
O homem não nasce no pecado, mas na inocência. Nunca houve nenhum pecado original, a única coisa que houve foi a inocência original. Toda criança nasce na inocência. Nós fazemos com que se sinta culpada – começamos a dizer: “Assim você não pode ser. Você deve ser deste modo.” E a criança é natural e inocente. Nós a castigamos por ser natural e inocente e a recompensamos por ser artificial e esperta. O inocente é condenado, o inocente é considerado quase como um sinônimo de criminoso. O inocente é considerado tolo, o esperto é considerado inteligente. O falso é aceito – o falso se encaixa na sociedade falsa.
Então, toda a sua vida não passa de um esforço para criar cada vez mais punições para si mesmo. E tudo o que você faz é errado; então você tem de se punir por todas as alegrias. Até mesmo quando a alegria vem – a despeito de você mesmo, lembre-se, quando a alegria vem a despeito de você, quando às vezes a Existência simplesmente se choca contra você e você não pode evitá-lo – imediatamente você começa a se punir. Algo deu errado – como isso pôde acontecer a uma pessoa horrível como você?
Na verdade, quando alguém o ama, você fica um tanto surpreso. “Quem...eu? Uma pessoa me ama?” A ideia surge na sua mente: “É porque ela não me conhece. É isso. Se vier a me conhecer, se me observar melhor, ela nunca me amará.” E assim os amantes começam a se esconder uns dos outros. Eles guardam muitos segredos, não abrem os seus segredos porque têm medo de que, no momento em que abrirem o coração, o amor irá desaparecer – porque não conseguem se amar, como podem imaginar que alguém os ama?
O amor começa com o amor por si mesmo. Não seja um narciso, não seja obcecado por si mesmo – mas o amor por si mesmo é um dever, um fenômeno básico. O amor só é possível quando existe uma profunda aceitação de si mesmo, do outro. A aceitação cria um ambiente em que o amor prospera, o solo em que o amor viceja. (Osho)



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