5 de abr. de 2015

MARILYN MONROE

Uma das atrizes mais famosas, Marilyn Monroe, suicidou-se, e os psicanalistas estiveram congecturando sobre os motivos. Ela foi uma das mulheres bonitas de todos os tempos, uma das mais bem sucedidas. Até mesmo o presidente da América, Kennedy, estava apaixonado por ela, e ela tinha milhares de amantes. Não dá pensar sobre o que mais uma pessoa pode ter. Ela tinha tudo.
Mas ela era pública e ela sabia disso. Mesmo em seu quarto de amor quando o presidente Kennedy estava lá, ela se dirigiu a ele como o Sr. Presidente – como se ela estivesse fazendo amor não com um homem, mas com uma instituição.

Ela era uma instituição. Aos poucos ela foi se dando conta de que ela não tinha nada privado. Uma vez alguém perguntou – ela tinha acabado de pousar para um calendário de nus e alguém perguntou: "Será que você tinha alguma coisa no corpo enquanto você posou para o calendário de nus? "Ela disse: "Sim, eu tinha algo sobre mim. O rádio".
Exposta, nua, sem vida privada. Minha sensassão é que ela se suicidou porque essa era a única coisa que restava a ela e que poderia ter feito com privacidade. Tudo era público, que era a única coisa que restava e que ela poderia fazer por conta própria, por si só, algo absolutamente íntimo e secreto. Figuras públicas são sempre tentados para suicídio, porque só através do suicídio que pode ter um vislumbre de quem eles são.
Tudo o que é bonito é interior, e o interior significa privacidade. Você já assistiu as mulheres a fazer amor? Elas sempre fecham os olhos. Elas sabem das coisas. Na escuridão, todo o resto desaparece, porque você não pode ver. Só você e os sentidos estão lá. É por isso que, em todos os bons restaurantes, a luz é evitada; luz direta é evitada. Eles são à luz de velas. Sempre que um restaurante é à luz de velas, o gosto é mais profundo: você come bem e gosta mais. A fragrância rodeia. Se houver luz muito brilhante o gosto não está mais lá. Os olhos tornarão tudo público.
Ir para dentro de si de modo que a sua vinda para fora se torna mais rica e não está empobrecida. E lembre-se que sempre que você se sentir exausto, a fonte de energia está dentro de você. Feche os olhos e se volte para dentro. Certifique-se das relações externas, é claro que não estão fadadas a serem relações externas – você se move no mundo, as relações comerciais vão estar lá – mas não pode ser tudo. Elas têm o seu papel a desempenhar, mas deve ser algo absolutamente secreto e privado, algo que você pode chamar de seu. Faça relações internas também.
Isso é o que Marilyn Monroe não tinha. Ela era uma mulher pública – bem sucedida, ainda assim um fracasso completo. Ela estava no topo de seu sucesso e fama quando ela se suicidou. Ela tinha tudo para viver, não se pode conceber mais fama, mais sucesso, mais carisma, mais beleza, mais saúde. Tudo estava lá, nada poderia ser melhorado, e ainda faltava algo. O interior lá dentro, estava vazio.

Osho. Come follow to You , Vol. 1 Talk #6



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